CAOS NA SAÚDE

Santa Casa sugere abertura 'provisória' de 50 novos leitos para atender demanda de vagas

A cidade conta com 280 leitos SUS, número insuficiente para atender a demanda diária de 40 pacientes, em média, à espera de vagas, internados em PSs e UPAs.

Por N. Fradique | 10/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
Sampi/Franca

Divulgação/Câmara de Franca

O administrador hospitalar do Grupo Santa Casa, Thiago Silva, em fala na Cear
O administrador hospitalar do Grupo Santa Casa, Thiago Silva, em fala na Cear

A Cear (Comissão Especial de Assuntos Relevantes) da Câmara Municipal de Franca realizou a primeira audiência de uma série agendada para discutir e buscar uma solução para a falta de vagas na rede SUS, nessa quinta-feira, 9, no Plenário do Legislativo. O sistema de regulação de vagas na rede pública está caótico, com pacientes ficando à espera de leitos de internação por dias dentro de uma unidade de emergência.

Representantes da Santa Casa, que atende pelo SUS na cidade, foram ouvidos pelos membros da Comissão da Saúde. A diretoria do hospital sinalizou a abertura de mais 50 leitos para atender a demanda. Tudo depende, porém, de "articulação" para financiamento com o próprio Estado ou de forma emergencial com custeio da Prefeitura.

Há anos, a Santa Casa conta com 280 leitos SUS, não sendo mais suficientes para atender a demanda. A cidade registra uma média diária de 40 pacientes à espera de vagas nos prontos-socorros e unidades de pronto atendimento.

“Hoje a Santa Casa tem 280 leitos que são destinados ao SUS e a gente entende que até a construção do novo hospital com 225 leitos, existe um limbo, e com esses 50 leitos por chamamento público, uma Organização Social de Saúde (OSS) possa vir e fazer a gestão desses leitos”, disse o administrador hospitalar do Grupo Santa Casa, Thiago Silva.

O administrador hospitalar disse que a abertura desses leitos seria provisória até que o hospital estadual, que está em construção na cidade, seja inaugurado. “Se houver apoio dos prefeitos e vereadores de Franca e região em prol desse projeto, e volto a dizer que é provisório para quatro anos até o hospital ficar pronto, para se que consiga prestar assistência à população que está precisando”.

Participaram também da audiência, o presidente da Santa Casa, Tony Graciano, o diretor técnico dos Hospitais do Coração e Câncer, Laurence Dias de Oliveira, o diretor técnico da Santa Casa, Eduardo Migani Teixeira, e assessor jurídico Alan Riboli Costa e Silva.

O vereador e presidente da Comissão da Saúde, Gilson Pelizaro (PT), disse que a necessidade de leitos precisa ser uma prioridade do hospital e órgãos envolvidos. “Ficou claro e evidente que o sistema do jeito que está não funciona”, disse Pelizaro.

O vereador e relator da Comissão, Ronaldo Carvalho (Cidadania), também disse que esse processo de abertura de leitos precisa ser agilizado. “Eu gostaria, como parlamentar, de que o processo fosse muito mais rápido, mas a gente começa entender que o sistema não é tão simples e a burocracia tem segurado a solução do problema”.

Agora, a Comissão vai ouvir os representantes da Diretoria Regional de Saúde (DRS-VIII), responsável pela regulação das vagas através da Cross, na próxima segunda-feira, 12, e a Secretaria Municipal de Saúde, dia 20 próximo.

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