A delegada da Seccional de Franca, Cristina Bueno de Oliveira, que cuida do caso, solicitou ao TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) a prestação de contas da Prefeitura e também da Câmara dos anos de 2020, 2021 e 2022. As irregularidades teriam sido cometidas no primeiro e segundo ano da administração de Karla, eleita em 2020.

Segundo um levantamento, em 2021 e 2022 a Prefeitura de Restinga gastou R$ 1,4 milhão e R$ 1,5 milhão, respectivamente. O valor é considerado bem acima do gerado em cidades do mesmo porte como Cristais Paulista (R$ 686 mil), Nuporanga (R$ 608 mil), São José da Bela Vista (R$ 587 mil) e Itirapuã (R$ 474).

Versão da prefeita
A prefeita Karla Ferracioli disse em nota, nesta quinta-feira, 9, que está à disposição dos órgãos competentes para esclarecimentos. “Que fique claro que é um procedimento em trâmite inicial de averiguação e diligências”.

A chefe do Executivo acrescentou que sobre denúncias constantes de seus adversários políticos. “Até o presente momento já tivemos aproximadamente 230 denúncias contra minha administração, todas inverídicas, caluniosas e sem fundamentos. Todas foram arquivadas. Esclareço que os processos licitatórios seguem o devido processo legal, fato que será confirmado durante o procedimento de inquérito, além de que, os gastos são compatíveis com a demanda dos serviços que executamos no município”.

Procurador da Câmara
O procurador da Câmara, Leonardo Cintra, disse que não foi notificado sobre o assunto. “Ainda não recebi qualquer intimação ou notificação, sem a qual não tenho condições de dar qualquer tipo de informação”. Cintra está sendo averiguado por enviar mensagens em um grupo de WhatsApp reforçando inícios de irregularidades, com expressões como ‘politicagem barata’ e ‘gasolina’. Em outras mensagens printadas e anexadas aos autos, o advogado fala em ‘supermercado’ e ‘faculdade’.

Não encontrado
Por sua vez, Dejair, o "Guim", responsável pelo controle da frota de veículos do município, não foi encontrado para comentar o caso.