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SAÚDE
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'Muitos concursos e poucos médicos': Franca sofre para contratar profissionais
'Muitos concursos e poucos médicos': Franca sofre para contratar profissionais
Nos últimos cinco anos, seis concursos públicos foram feitos e, mesmo assim, população segue em fila de espera para consulta com especialistas.
Nos últimos cinco anos, seis concursos públicos foram feitos e, mesmo assim, população segue em fila de espera para consulta com especialistas.
Por Jéssica Reis | 05/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
Sampi/Franca
Por Jéssica Reis
da Redação
05/03/2023 - Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Divulgação

O atendimento no setor de Saúde de Franca é alvo, há tempos, de várias reclamações, desde vagas para internações até a falta de médicos especialistas. A grande questão é: com tantos concursos feitos em busca de profissionais da medicina, por que então há tantas pessoas esperando atendimento com médicos especialistas?
Segundo a Secretaria de Administração e Recursos Humanos, nos últimos cinco anos, foram homologados seis concursos públicos para provimento de médicos em diversas especialidades. Dos seis concursos, pelo menos cinco tiveram pelo menos uma especialidade sem candidatos inscritos. Atualmente, há dois concursos em andamento, que possuem vagas para médicos, são eles 08/2022 e 03/2023. "O primeiro está em fase final e o último foi publicado nesta semana", explicou a Secretaria.
As especialidades que mais possuem incidência de não ter candidatos inscritos e classificados são Endocrinologista, Endocrinologista Infantil, Homeopata, Mastologista, Neurocirurgião, Neurologista Infantil, Pneumologista e Psiquiatra Infantil.
Dentre as especialidades médicas que estão previstas no Concurso Público 03/2023, publicado na última terça-feira, existem especialidades que não tiveram inscritos no último concurso e também especialidades em que todos os candidatos da lista de espera já foram convocados.
A Secretaria de Administração e Recursos Humanos diz que a dificuldade de contratação de médico especialista para atuação no Sistema Único de Saúde é um problema nacional. "Portanto, é indispensável o planejamento e políticas no âmbito federal".
Segundo a secretaria, "na rede pública municipal de saúde, com exceção das unidades de urgência e emergência pré-hospitalares (UPAs e Prontos-Socorros) que possuem médicos contratados por pessoa jurídica, os demais serviços da Secretaria de Saúde, como Atenção Primária e Serviços de Especialidades (UBSs e NGA), a contratação de médico se dá através concurso úblico", finalizou.
O outro lado
Para alguns profissionais, as condições e valores pagos não são justos se comparado com outras condições de contratações. "Um médico servidor público concursado hoje na Prefeitura ganha apenas R$ 8 por consulta clínica e um especialista ganha apenas R$ 12 por consulta. O salário do médico em Franca é menos de um terço do sugerido pela entidade responsável. Os concursos são feitos para cumprir protocolo com o MP (Ministério Público) que exige concurso", disse um médico da rede pública, que por medo de retaliações, preferiu não se identificar.
Ele ainda reforça que dificilmente a qualidade de serviços prestados será melhorada e todos os pacientes atendidos, se não houver uma reestruturação do setor. "Como o prefeito e os vereadores querem uma saúde de qualidade pagando R$ 8 e ainda deduzindo imposto deste valor? Se não houver um projeto de reestruturação, os médicos serão sempre terceirizados. Hoje um médico terceirizado na Prefeitura recebe R$ 1.700 a R$ 2 mil por um plantão de 12 horas, enquanto um médico concursado recebe R$ 450 reais para realizar o mesmo plantão", finalizou.
O atendimento no setor de Saúde de Franca é alvo, há tempos, de várias reclamações, desde vagas para internações até a falta de médicos especialistas. A grande questão é: com tantos concursos feitos em busca de profissionais da medicina, por que então há tantas pessoas esperando atendimento com médicos especialistas?
Segundo a Secretaria de Administração e Recursos Humanos, nos últimos cinco anos, foram homologados seis concursos públicos para provimento de médicos em diversas especialidades. Dos seis concursos, pelo menos cinco tiveram pelo menos uma especialidade sem candidatos inscritos. Atualmente, há dois concursos em andamento, que possuem vagas para médicos, são eles 08/2022 e 03/2023. "O primeiro está em fase final e o último foi publicado nesta semana", explicou a Secretaria.
As especialidades que mais possuem incidência de não ter candidatos inscritos e classificados são Endocrinologista, Endocrinologista Infantil, Homeopata, Mastologista, Neurocirurgião, Neurologista Infantil, Pneumologista e Psiquiatra Infantil.
Dentre as especialidades médicas que estão previstas no Concurso Público 03/2023, publicado na última terça-feira, existem especialidades que não tiveram inscritos no último concurso e também especialidades em que todos os candidatos da lista de espera já foram convocados.
A Secretaria de Administração e Recursos Humanos diz que a dificuldade de contratação de médico especialista para atuação no Sistema Único de Saúde é um problema nacional. "Portanto, é indispensável o planejamento e políticas no âmbito federal".
Segundo a secretaria, "na rede pública municipal de saúde, com exceção das unidades de urgência e emergência pré-hospitalares (UPAs e Prontos-Socorros) que possuem médicos contratados por pessoa jurídica, os demais serviços da Secretaria de Saúde, como Atenção Primária e Serviços de Especialidades (UBSs e NGA), a contratação de médico se dá através concurso úblico", finalizou.
O outro lado
Para alguns profissionais, as condições e valores pagos não são justos se comparado com outras condições de contratações. "Um médico servidor público concursado hoje na Prefeitura ganha apenas R$ 8 por consulta clínica e um especialista ganha apenas R$ 12 por consulta. O salário do médico em Franca é menos de um terço do sugerido pela entidade responsável. Os concursos são feitos para cumprir protocolo com o MP (Ministério Público) que exige concurso", disse um médico da rede pública, que por medo de retaliações, preferiu não se identificar.
Ele ainda reforça que dificilmente a qualidade de serviços prestados será melhorada e todos os pacientes atendidos, se não houver uma reestruturação do setor. "Como o prefeito e os vereadores querem uma saúde de qualidade pagando R$ 8 e ainda deduzindo imposto deste valor? Se não houver um projeto de reestruturação, os médicos serão sempre terceirizados. Hoje um médico terceirizado na Prefeitura recebe R$ 1.700 a R$ 2 mil por um plantão de 12 horas, enquanto um médico concursado recebe R$ 450 reais para realizar o mesmo plantão", finalizou.
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