AÇÕES

Bolsa segura estabilidade com Natura&Co em alta e bancos em queda

Os papéis da empresa brasileira dispararam após notícia da Bloomberg de que a LVMH e a L'Oréal estão interessadas na marca de cosméticos de luxo Aesop

Por Ana Paula Branco | 30/01/2023 | Tempo de leitura: 4 min
da Folhapress

Reprodução/ Nicholas Cappello/Unsplash

Entre as maiores baixas desta segunda, estão as ações ordinárias da CVC
Entre as maiores baixas desta segunda, estão as ações ordinárias da CVC

O Ibovespa começa a segunda-feira (30) perto da estabilidade com as ações da Natura&Co batendo limite máximo de oscilação no dia: 15% de alta, enquanto Itaú Unibanco e Bradesco desidratam. Às 15h20, o Ibovespa registrava 112.500 pontos, com volume financeiro perto do R$ 15 bilhões.

Os papéis da empresa brasileira dispararam após notícia da Bloomberg de que a LVMH e a L'Oréal estão interessadas na marca de cosméticos de luxo Aesop, controlada pela Natura, e avaliada em, pelo menos, US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,2 bilhões).

"Não se sabe ainda se será uma oferta para a compra da participação total ou percentual. Pelo visto, tem mais de três interessados em fazer uma proposta pelo ativo. A japonesa Shiseido também. Dependendo de quem entrar, pode ser um acionista estratégico, que pode alavancar ainda mais o ativo ", afirma Gabriel Meira, especialista da Valor Investimentos.

Entre as maiores baixas desta segunda, estão as ações ordinárias da CVC, que anunciou após o encerramento da Bolsa da última sexta (27) ter encerrado as negociações para compra das operações da startup de turismo ?ner Travel.

Em seguida vem a Raízen (RAIZ4) que irá realizar uma venda de ações em bloco da companhia.

Entre os bancos, as ações ordinárias de Itaú e Bradesco recuavam 0,68% e 0,07%, respectivamente. A pressão vem de perspectivas pouco animadoras com balanços do último trimestre de 2022 e previsões das instituições para 2023.

Analistas do Itaú BBA cortaram a recomendação para venda das ações do Bradesco, prevendo resultados ruins do banco em 2023 e 2024.

As ações VALE3 estão no topo das negociações, oscilando levemente para baixo, mesmo com os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian ampliando os ganhos após o feriado de Ano Novo Lunar na China e subindo mais de 3% para uma máxima do contrato nesta segunda-feira. Na semana passada, as ações da Vale avançaram 1,4%.

A PETR4 avançava 0,51%, a R$ 25,76, apesar da queda dos preços do petróleo no mercado internacional, buscando alguma recuperação após cair 2,8% na semana passada. Investidores continuam monitorando os movimentos do novo presidente da companhia, Jean Paul Prates, que afirmou nesta segunda-feira que política de preços de combustíveis é um "assunto de governo", sem dar mais detalhes.

A semana do mercado financeiro tem agenda carregada, movimentada por decisões de juros dos Bancos Centrais, bolsas europeias, reabertura da economia na China, o retorno das atividades do Congresso brasileiro e de uma série de reuniões do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo, para avançar pautas do governo.

"Nos Estados Unidos, a perspectiva é de uma desaceleração no ritmo de alta dos juros, que em conjunto com a reabertura da China pode dar mais fôlego ao real", diz Diego Costa, Head de Câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio.

No Brasil, os investidores monitoram planos de investimentos e impacto fiscal dos anúncios recentes.

A pesquisa Focus do Banco Central divulgada mais cedo mostrou nova elevação nas projeções de inflação. Os economistas elevaram pela sétima vez seguida a projeção para a inflação neste ano, afastando-se ainda mais do teto da meta.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 subiu de 5,48% para 5,74%. Para 2024 a conta para o IPCA também subiu, pela segunda semana seguida, indo a 3,90% de 3,84% antes.

A meta de inflação atual é de 3,25% ao ano, e o Banco Central, responsável por esse controle, tem uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. No ano passado, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou em 5,79%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2023 melhorou em 0,01 ponto percentual, a 0,80%, foi mantida em 1,50% para 2024.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que, apesar da perspectiva maior pressão inflacionária, não houve mudanças nas estimativas de que a taxa básica de juros Selic encerrará 2023 a 12,50% e o próximo a 9,50%.

Na expectativa de o Copom (Comitê de Política Monetária) manter a taxa Selic em 13,75% na reunião desta quarta-feira (1º) e sem perspectivas de o governo federal traçar uma nova meta de inflação, varejistas estão sendo impulsionadas de forma geral pela aposta na queda de juros. O dólar subia ante o real. Às 15h24, sendo vendido R$ 5,12.

O dia conhecido como "superquarta" no mercado financeiro ocorre nesta semana, quando o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve americano divulgam suas decisões sobre as taxas de juros dos respectivos países.

Nesta sexta-feira (27), a Bolsa encerrou em queda, puxada pelo desempenho de Petrobras e dos bancos, refletindo a preocupação de investidores com eventuais intervenções na Petrobras e com o impacto do escândalo contábil das Americanas no balanço das instituições financeiras.

Já o dólar encerrou o último pregão da semana em alta, após quatro dias consecutivos de queda.

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