Campinas contabilizou 127 mortes no trânsito entre janeiro e novembro de 2025, somando ocorrências registradas em vias urbanas e rodovias que cortam a cidade. O número representa 19 vítimas a menos em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados 146 óbitos, mas mantém o trânsito como uma das principais causas de morte violenta no município.
Do total de vítimas, 66 pessoas morreram em vias urbanas, enquanto 60 perderam a vida em rodovias. Em um caso, ainda não foi possível definir o local exato do acidente. Os dados fazem parte do levantamento preliminar do Boletim Mensal de Óbitos no Trânsito, consolidado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).
O perfil das vítimas reforça a vulnerabilidade de quem se desloca fora dos automóveis. Motociclistas e garupas concentram quase metade das mortes, com 61 óbitos, o equivalente a 48% do total. Em seguida aparecem os pedestres, que somam 42 vítimas fatais, ou 33%. Ciclistas e ocupantes de outros veículos completam o levantamento.
Somente nas vias urbanas, os números revelam que motociclistas e pedestres respondem juntos por 86% das mortes registradas em 2025. Entre janeiro e novembro, foram 35 motociclistas ou garupas mortos, além de 22 pedestres. Outros sete ocupantes de veículos e dois ciclistas também perderam a vida nas ruas da cidade.
A análise dos casos fatais aponta que álcool e direção formam a combinação mais letal no trânsito urbano de Campinas neste ano. Entre os acidentes já avaliados, 35% tiveram ingestão de bebida alcoólica associada à condução do veículo. O excesso ou inadequação de velocidade aparece logo atrás, presente em 33% dos sinistros fatais analisados. Também foram identificados fatores como comportamento de risco de pedestres, desrespeito à sinalização e circulação em locais proibidos.
Apesar da redução numérica em relação ao ano anterior, os dados mostram que o trânsito segue produzindo mortes evitáveis, com impacto direto em famílias, comunidades e no sistema de saúde. Em 2024, Campinas fechou o ano com 156 óbitos no trânsito, número que serve de referência para o acompanhamento das estatísticas atuais.