O prefeito de Pedreira, Fábio Polidoro (Republicanos), encerra 2025 com a avaliação de que o município vive “um momento totalmente diferente” em relação ao início de sua trajetória no Executivo. Em entrevista à Jovem Pan Campinas, ele afirmou que o primeiro ano após a reeleição marca uma fase de consolidação, com expansão de investimentos, melhorias na infraestrutura e preparação para o impacto econômico e turístico das barragens de Pedreira e Amparo.
Ao comparar o início da primeira gestão, em 2017, com o atual cenário, Polidoro relembrou o período mais crítico: “Nós assumimos uma cidade que estava praticamente muito endividada, nós assumimos praticamente terra arrasada.” Segundo ele, a prioridade naquele momento foi reequilibrar as contas, cortar gastos e recuperar a capacidade de investimento.
O cenário de agora, diz o prefeito, é o oposto: “O primeiro ano dessa gestão já estamos colhendo frutos de todo o trabalho que nós realizamos desde 2017.” Ele destaca que Pedreira aplica entre 7% e 8% do orçamento anual em investimentos, algo entre R$ 18 milhões e R$ 20 milhões por ano, e afirma que a cidade é reconhecida como uma das que melhor aplica os recursos recebidos.
“Hoje nós temos um primeiro ano de mandato com muito mais esperança, com muito mais perspectivas de continuarmos investindo, sempre em parceria com o Estado e o governo federal”, disse.
Ao ser questionado sobre o setor mais desafiador da administração, Polidoro foi direto: “A área que demanda o maior carinho, a maior atenção na nossa cidade de Pedreira é a saúde pública.”
Ele afirma que o município tem investido simultaneamente no hospital, na UPA e, sobretudo, na rede básica, que considera o ponto forte do sistema local: “O destaque na saúde da nossa cidade é o atendimento na nossa rede básica, um atendimento preventivo que faz toda a diferença.”
Polidoro anunciou ainda que o município está próximo de entregar dez leitos de UTI, viabilizados em parceria com governo federal, governo estadual, DRS e Unicamp. Segundo ele, a cooperação regional é indispensável: “A saúde é muito difícil trabalharmos isolados. Só vamos ter êxito se buscarmos esse trabalho compartilhado.”
Ele cita como exemplo o atendimento oncológico, que frequentemente necessita de apoio externo: “Quando um paciente precisa de tratamento oncológico e você não tem na sua cidade, entra a responsabilidade do Estado e do governo federal.”
As barragens de Pedreira e Duas Pontes, em Amparo, também foram destaque na entrevista. Polidoro acompanha a execução das obras — que atingiram 47% de avanço em Pedreira e 58% em Amparo — e afirma que elas representam mais do que segurança hídrica para a região. “Nós queremos que essas barragens façam a diferença na nossa cidade de Pedreira, principalmente nos termos turísticos e econômicos.”
Segundo o prefeito, a cidade explora hoje apenas 20% a 30% de seu potencial turístico. A expectativa é que, com os reservatórios concluídos, Pedreira amplie atividades como turismo náutico, turismo rural e oportunidades para empreendedores do setor.
Ele afirma que o município já avançou ao conquistar a classificação como Município de Interesse Turístico, e planeja buscar a transformação em estância turística após a entrega das obras. “Tenho certeza que o nosso turismo estará em outro patamar.”
Divulgação/PSB
O deputado federal Jonas Donizette (PSB) realizou no último sábado (29) sua tradicional confraternização de fim de ano em Campinas, reunindo lideranças políticas de cerca de 150 municípios paulistas. O encontro, que já se tornou um evento de articulação regional e estadual, contou com a presença de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e parlamentares de diferentes regiões.
O ministro Márcio França, que participou presencialmente, elogiou o desempenho de Jonas no Congresso e afirmou que o deputado reúne qualidades para voos mais altos: “Quem sabe não podemos disputar a presidência da Câmara com Jonas em 2027?”
Por videoconferência, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, enviou mensagem agradecendo a atuação do deputado e reforçando o compromisso do governo federal com a Região Metropolitana de Campinas.
Durante o evento, o presidente do PSB Campinas e vice-prefeito da cidade, Wanderley de Almeida, o Wandão, destacou o alinhamento político no município e projetou força nas urnas em 2026: “Faremos de Jonas o deputado federal mais votado no município.”
A confraternização reforçou a movimentação do PSB no estado para tentar consolidar Jonas Donizette para o próximo ciclo eleitoral.
Divulgação/PMC
O Ministério Público de São Paulo abriu uma apuração para esclarecer uma sequência incomum de licenças médicas registradas ao longo deste ano na UPA Carlos Lourenço, em Campinas. O caso já estava sob análise da Prefeitura, que também acionou o Conselho Regional de Medicina (Cremesp). A sindicância do conselho está em andamento sob sigilo.
Os números que despertaram a investigação mostram um volume de afastamentos considerado fora do padrão. Entre janeiro e novembro, 36 clínicos gerais estavam lotados na unidade e 28 deles apresentaram atestados. Somando os períodos de cada profissional, o total chega a cerca de 600 dias de licença apenas em 2025.
O levantamento destaca ainda que dez médicos concentraram 569 dias de afastamento, com casos que chamaram a atenção: um deles permaneceu 155 dias fora, enquanto dois outros registraram 95 e 74 dias, respectivamente.
Além da quantidade, a Secretaria de Saúde identificou comportamentos que levantaram dúvidas. Um deles é a repetição de afastamentos entre quintas e domingos, situação que motivou a revisão dos documentos apresentados. Outro ponto em análise é a emissão de atestados por especialistas que não atendem o perfil dos profissionais afastados, como pediatras e ginecologistas assinando laudos para médicos homens.
Também está sendo checado, por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, se algum desses profissionais teria atuado em outros serviços durante o período de licença — hipótese que, se confirmada, pode caracterizar infração ética e administrativa.
Todos os médicos da UPA Carlos Lourenço são concursados, com jornada semanal entre 24 e 36 horas e remunerações que variam de R$ 20 mil a R$ 26 mil.
Se forem comprovadas irregularidades, os envolvidos poderão ser alvo de advertência, suspensão ou até perda do registro profissional, conforme prevê o Cremesp.