A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (12) Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, no âmbito da investigação sobre fraudes que podem ter causado prejuízo de até R$ 6,3 bilhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) entre 2019 e 2024.
Leia mais: CPMI do INSS pede ao STF a prisão preventiva de 21 envolvidos
Segundo a PF, Antunes atuava como “facilitador” do esquema, que envolvia associações de fachada criadas para cadastrar aposentados e pensionistas sem autorização, usando assinaturas falsas, e descontar mensalidades diretamente dos benefícios pagos pelo INSS.
Camisotti, apontado como sócio oculto duma entidade envolvida, também foi preso. Em nota, sua defesa declarou que “não há qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS”. Os advogados afirmaram ainda que, durante a ação policial, houve “arbitrariedade”, alegando que “Camisotti teve seu celular retirado das mãos no exato momento em que falava com seu advogado”, o que, segundo eles, afronta garantias constitucionais.
Agentes também cumpriram mandado de busca no escritório do advogado Nelson Wilians, em São Paulo, onde foram apreendidas obras de arte. Em nota, a defesa afirmou que ele “tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência”. O texto ressalta que “a medida cumprida é de natureza exclusivamente investigativa, não implicando qualquer juízo de culpa ou responsabilidade”.
Ao todo, a operação cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal, expedidos pelo ministro do STF André Mendonça. Entre os bens apreendidos estão carros de luxo como Ferrari, Porsche, Land Rover, Mercedes e até um carro de Fórmula 1.
*Com informações do G1