O movimento dos mototaxistas em Campinas, que na semana passada realizou motociata até a porta da prefeitura contra o que chamam de “ofensiva” da Emdec, ganhou um ingrediente novo: a adesão de vereadores da base governista.
Um vídeo divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira (1º) convocou para uma nova mobilização, marcada para esta terça-feira (2), às 13h30, com saída do Largo do Pará. A publicação reuniu nomes como Vini Oliveira (Cidadania), Benê Lima (PL), Carlinhos Camelô (PSB), Arnaldo Salvetti (MDB) e Nelson Hossri (PL). Rodrigo da Farmadic (União Brasil) também foi citado como apoiador, embora não apareça nas imagens. O influenciador Barba Azul engrossou a chamada.
Reprodução/Redes Sociais
A categoria pede a regulamentação do mototáxi, hoje considerado clandestino pela Prefeitura de Campinas. O tema ganhou mais força após Benê Lima protocolar projeto de lei que altera a norma vigente e autoriza o serviço em Campinas. O texto prevê que o Executivo defina regras de credenciamento, equipamentos obrigatórios, cursos de capacitação e vistorias periódicas, em conformidade com a Lei Federal nº 12.009/2009, que trata da atividade em âmbito nacional.
A movimentação causa incômodo no Quarto Andar, mas é vista como uma pauta com potencial de diálogo. Parlamentares experientes dificilmente se engajariam em uma reivindicação dessa natureza sem antes uma conversa prévia com o núcleo político da administração. A leitura é que houve, sim, um sinal de convergência articulado junto ao vice-prefeito e secretário de Relações Institucionais, Wanderley de Almeida (PSB).
O tema é politicamente vantajoso para os vereadores, que se apresentam como defensores de uma categoria numerosa e organizada. Ao mesmo tempo, o Executivo percebe que precisa administrar o conflito e evitar desgaste, como no caso Cândido Ferreira.
Se o projeto avançar na Câmara, o desafio será a posição final do prefeito Dário Saadi. Vetar ou sancionar pode trazer custos diferentes: com a categoria ou com a legislação vigente. Por ora, o movimento mostrou que o mototáxi, além de questão de mobilidade, entrou definitivamente no tabuleiro político de Campinas.
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A vereadora Mariana Conti (PSOL), de Campinas, divulgou nesta terça-feira (2) um vídeo em suas redes sociais informando que sofreu um contratempo durante a Flotilha da Liberdade, missão humanitária internacional que busca levar suprimentos à Faixa de Gaza. Segundo a parlamentar, cinco barcos precisaram retornar ao porto de Barcelona após uma forte tempestade, enquanto o restante da frota seguiu viagem.
“Devido a uma tempestade, nosso barco e outros 4 tiveram que voltar ao porto de Barcelona. Felizmente, o resto da frota segue em direção a Gaza. Nós que voltamos estamos procurando formas de seguir com a missão”, relatou Mariana.
A expedição reúne ativistas de mais de 40 países e tem como objetivo transportar medicamentos, água e alimentos, além de denunciar o bloqueio imposto por Israel ao território palestino. A viagem teve início em 31 de agosto, partindo de Barcelona, e deve contar também com embarcações que sairão da Tunísia e de outros portos ainda não revelados. A previsão inicial era que o comboio chegasse à região por volta de 13 de setembro.
Mariana, que está em licença não remunerada da Câmara de Campinas, financia por conta própria sua participação na missão. A iniciativa é apoiada por organizações como a Freedom Flotilla Brasil e o Global Movement to Gaza Brasil, que estimam a participação de até 15 brasileiros na jornada.
De acordo com as entidades, a ação se apoia em resoluções da ONU e decisões da Corte Internacional de Justiça, que reconhecem o direito da população palestina ao acesso à ajuda humanitária.