Após uma década de queda, o Brasil registrou um aumento de 54,5% nos casos de hepatite A, registrando taxa de incidência de 1,7 casos a cada 100 mil habitantes.
A doença, que antes era mais comum nas regiões Norte e Nordeste, agora afeta majoritariamente adultos jovens em grandes centros urbanos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
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Segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2025 do Ministério da Saúde, o número de casos quase dobrou na faixa etária de 20 a 39 anos. O aumento está diretamente ligado à transmissão por relações sexuais desprotegidas.
Em contrapartida, a incidência da doença em crianças com menos de 10 anos caiu mais de 99,9%. O resultado positivo é atribuído à vacinação em massa infantil, que começou em 2024.
A hepatite A é uma infecção viral que afeta o fígado. Sua principal forma de transmissão é a via oral-fecal, por meio do consumo de água ou alimentos contaminados. No entanto, o vírus também pode ser transmitido por contato pessoal e sexual.
Embora muitos casos sejam assintomáticos, a doença pode causar sintomas como fadiga, febre, dores musculares e, em casos mais graves, urina escura e icterícia. Em adultos, a infecção apresenta um risco maior de complicações, como insuficiência hepática.
O diagnóstico é feito por exame de sangue que busca anticorpos específicos.
O tratamento da hepatite A se concentra no alívio dos sintomas. A melhor forma de prevenção é a vacinação, disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde) para crianças a partir dos 15 meses e grupos de risco. Além da vacina, a adoção de hábitos de higiene e a melhoria do saneamento básico são medidas essenciais de proteção.