O arquivamento do pedido de urgência na tramitação do reajuste salarial para diretores e presidentes de autarquias municipais foi um recuo inevitável. O governo tentou forçar a aprovação sem preparo, sem justificativa convincente e, como era de se esperar, acabou exposto.
O problema não é apenas o mérito da proposta – que já seria controversa em qualquer contexto –, mas o ar de amadorismo na condução do processo. A base aliada não foi devidamente consultada, o momento não poderia ser pior, com os principais hospitais (HC e PUC-Campinas pedindo para que não os procurem) da cidade pressionados, e a oposição ganhou munição gratuita para desgastar o governo. O resultado? Desistência da inexplicável urgência e a necessidade de refazer toda a articulação política.
O líder do governo, Paulo Haddad (PSD), tentou justificar que o reajuste deveria ter sido incluído no pacote aprovado em 2023 para prefeito, vice e secretários municipais, mas o argumento não convence. O próprio governo deixou essa questão de fora na época, e agora reaparece com um projeto mal conduzido, sem explicações claras, tentando aprovar de maneira atabalhoada.
A forma como a proposta foi apresentada desagradou até mesmo a base governista, que se viu pressionada a votar um tema impopular sem tempo para construir uma defesa política. Com isso, o governo perdeu apoio interno e teve que recuar, deixando uma impressão de falta de coordenação e de que a administração não conseguiu medir o impacto do próprio movimento.
Com a retirada do regime de urgência, os projetos seguirão o trâmite convencional, passando pelas comissões internas da Câmara antes de retornarem ao plenário. Ou seja, o governo não desistiu do reajuste, mas agora precisará reconstruir a estratégia para tentar aprová-lo sem o desgaste político que sofreu nesta primeira tentativa.
O episódio serviu de alerta. Se o governo quiser aprovar essa medida, vai precisar de mais do que pressa e manobras regimentais. Precisa de articulação política real, justificativas sólidas e, acima de tudo, entender que em um momento de crise na saúde pública, falar em aumento salarial para cargos de confiança sem um diálogo aberto só fortalece a insatisfação popular e fragiliza sua própria base, que não vai se sujeitar a aprovar sem negociar.
O governo pediu para perder e foi eficiente: foi derrotado.
O prefeito de Hortolândia, Zezé Gomes, e o deputado estadual Rafa Zimbaldi participaram de uma reunião no Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), em Piracicaba, para discutir projetos de infraestrutura hídrica que possam beneficiar o município. O encontro foi conduzido por Felipe Gobet de Aguiar, responsável pela Bacia do Médio Tietê no DAEE.
Entre as principais demandas apresentadas, estão a canalização do córrego Jacuba, na Vila Inema, e no Parque Santa Emília. A obra é considerada fundamental para reduzir o risco de enchentes e garantir mais segurança aos moradores dessas regiões.
A articulação junto ao DAEE visa incluir as obras de canalização e drenagem nas próximas fases de planejamento estadual.
A vereadora Debora Palermo (PL) quer uma nova secretaria em Campinas e apresentou a indicação à Prefeitura de Campinas para que sejam realizados estudos visando à criação da pasta Municipal da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida. A proposta busca atender demandas de entidades, famílias e pessoas com deficiência que vivem na cidade.
Segundo a parlamentar, a necessidade de um órgão específico ficou evidente durante a primeira reunião da Comissão da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida, realizada em fevereiro na Câmara Municipal. "As instituições relataram dificuldades para manter suas atividades e para garantir atendimento adequado às pessoas com deficiência na cidade", afirmou.
A vereadora destaca que a criação da secretaria permitiria implementar políticas públicas mais eficazes, adaptadas às necessidades da população de Campinas. A proposta reforça a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), que estabelece diretrizes para promoção da igualdade e acessibilidade.