A prefeita de Birigui, Samanta Borini, anunciou nesta segunda-feira, 6, que a prefeitura enfrenta uma dívida de aproximadamente R$ 180 milhões no início de sua gestão.
Em coletiva de imprensa, acompanhada do vice-prefeito Marcelo Parizati, do chefe de gabinete Paulo Batista de Souza e do secretário de Saúde Roque Haroldo Bomfim, Samanta detalhou que R$ 100 milhões são devidos a fornecedores, que, segundo ela, não recebem desde maio de 2024. “Faremos um estudo para acertar todas as pendências com os fornecedores”, afirmou.
Outros R$ 80 milhões referem-se à dívida fundada, de longo prazo, como financiamentos e pendências com o Biriguiprev. A Secretaria Municipal de Planejamento e Finanças criará uma comissão para acompanhar o passivo financeiro.
Devido à situação financeira, a prefeita informou que os salários dos servidores municipais serão pagos de forma escalonada, priorizando os menores vencimentos. A folha de pagamento mensal da prefeitura é de R$ 12 milhões, e os pagamentos começam em 8 de janeiro.
Outro problema destacado foi a logística para transporte de pacientes que precisam de tratamento fora da cidade. Samanta explicou que veículos das secretarias de Educação e Assistência Social estão sendo utilizados para suprir a demanda desde o dia 1º de janeiro.
Um decreto foi publicado para oficializar a situação crítica encontrada no transporte da saúde e listar medidas emergenciais. A próxima etapa será reorganizar a frota da saúde e ajustar a escala de horários dos pacientes.
O vice-prefeito Marcelo Parizati pediu confiança à população e aos fornecedores, destacando que os problemas da prefeitura são principalmente financeiros. “Não vamos conseguir resolver tudo no primeiro ou segundo mês. É um trabalho de gestão para administrar esse débito", afirmou.
Ele garantiu que a prefeitura está comprometida em solucionar a situação, embora não tenha estabelecido um prazo para os pagamentos. “O que podemos afirmar é que vamos resolver o problema o mais rápido possível."