29 de dezembro de 2024
PUNK BRASILEIRO

De graça, Inocentes toca no Engenho Central neste sábado

Por Da Redação | Jornal de Piracicaba
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
O show é a atração principal do Rock no Parque, que acontece no palco próximo à Passarela Pênsil

O Engenho Central recebe neste sábado (28), a partir das 15h, o show da lendária banda paulistana Inocentes, um dos principais nomes do punk rock brasileiro. O show é a atração principal do Rock no Parque, que acontece no palco próximo à Passarela Pênsil, com realização da Semac (Secretaria Municipal da Ação Cultural). A entrada é gratuita.

Saiba mais

Neste show em Piracicaba, o Inocentes apresenta os maiores sucessos dos 43 anos de carreira, incluindo clássicos, como Pânico em SP, Pátria Amada e Rotina, entre outros. Anselmo Monstro no baixo, Nonô (Luis Singnoreti) na bateria, Ronaldo Passos na guitarra e Clemente, voz e guitarra, compõem desde 1995 aquela que se tornou a mais clássica e duradoura formação do Inocentes, inaugurada com o marcante disco Ruas.

Além do Inocentes, o Rock no Parque terá show da banda de rock piracicabana Apostullus e som mecânico com os DJs Vítor Galvão e Adrian Dona, com participação do DJ Peyxe.

Inocentes

Clemente Nascimento, na época baixista, iniciou a carreira em 1978 com a banda Restos de Nada. Passou pelos Condutores de Cadáver, de onde também saíram os outros membros fundadores do Inocentes, que logo se tornou um dos pilares do punk por seus shows incendiários e pela postura cheia de atitude.

Ao lado de Cólera e Olho Seco, participaram da coletânea Grito Suburbano, em 1982, primeiro registro sonoro do punk brasileiro, e, no mesmo ano, do festival O Começo do Fim do Mundo, no Sesc Pompeia, resultando em uma coletânea gravada ao vivo. Em 1983, lançaram o compacto Miséria e Fome.

O reconhecimento internacional veio rápido: Jello Biafra (líder do Dead Kennedys) incluiu Miséria e Fome em sua lista dos 10 melhores lançamentos do ano no fanzine Maximum Rock’n’Roll, de San Francisco. Apesar do sucesso, com o acirramento das brigas de gangues entre 1983 e 1984, o Inocentes afastou-se do movimento e se aproximou da cena do rock paulista. Com uma sonoridade mais próxima ao pós-punk, chegaram à Warner, em 1986, como o primeiro conjunto do punk paulista contratado por uma grande gravadora. Ali foram lançados três discos, entre eles o antológico EP Pânico em SP.

O Inocentes já lançou 14 álbuns, 1 DVD e participou de 4 coletâneas, no Brasil e na Alemanha. Tocou em festivais importantes como Abril Pro Rock, Porão do Rock, Close-Up Planet e abriu shows de nomes como Ramones, Sex Pistols, Bad Religion e Pennywise, entre outros.