A deputada estadual Professora Bebel cobrou o secretário estadual de educação, Renato Feder, pelo pagamento do piso nacional da educação aos profissionais da rede estadual de ensino do Estado de São Paulo. O secretário prestou contas de sua gestão à Comissão de Educação e Cultura da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) na última terça-feira (17). De acordo com Bebel, o estado não tem feito o pagamento do piso nacional da categoria.
Na prestação de contas, Feder apresentou a avaliação de sua gestão. Segundo a deputada, no entanto, as medidas adotadas têm descontentado tanto professores como estudantes. O secretário foi cobrado por Bebel sobre a PEC 09/2023, que reduz de 30% para 25% o percentual do orçamento do estado que deve ser destinado à educação o que, segundo informações do gabinete da parlamentar, resultaria em um corte de R$ 11 bilhões por ano na área. Além disso, ela questionou o fechamento de classes no período noturno. “Que o piso nacional seja de fato piso e não teto salarial”, disse a deputada. “As escolas, seus professores, funcionários e estudantes não são mercadorias negociáveis em bolsa de valores”, completou.
Outros assuntos cobrados pela deputada, que também é segunda presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) foi a forma como a atribuição de aulas é organizada. Segundo Bebel, a Seduc “faz exigências absurdas e ilegais para a aprovação dos ingressantes em estágio probatório”.
Além de Bebel, outros deputados que participaram da prestação de contas questionaram o secretário com relação a medidas tomadas pelo governo estadual e citaram assuntos como a plataformização, autoritarismo, assédio, fechamento da Escola São Paulo, na capital paulista, assim como a redução de disciplinas, falta de infraestrutura e apoio às comunidades escolares.
Bebel também criticou a postura de parlamentares da base governista durante a audiência que, segundo ela, provocaram o público presente. “Lamentavelmente, em meio à reunião, um deputado da base governista, de extrema-direita se priorizou a provocação ao público presente em vez de debater a gestão do secretário da Educação”, finalizou Bebel.