A sessão da Câmara de Campinas foi suspensa, mais uma vez, por falta de quórum para dar prosseguimento às votações dos projetos em pauta. Essa situação tem se tornado rotina no legislativo campineiro neste último semestre. Desta vez, além da ausência da maioria dos vereadores, houve um aproveitamento estratégico da oposição para derrubar a reunião.
A expectativa era que, durante a sessão, fosse colocado em votação o regime de urgência do projeto de lei que altera a disposição de cargos de indicação no Instituto de Previdência Municipal, o Camprev. O Quarto Andar, como é conhecido o gabinete do prefeito, busca resolver a questão ainda este ano para que a nova configuração do órgão passe a valer em 2025, garantindo maior autonomia na gestão do Camprev.
Embora a oposição seja contrária à proposta, dificilmente terá votos suficientes para barrá-la. Contudo, estratégias para travar a tramitação, como a realizada nesta quarta-feira, são ferramentas possíveis no jogo político.
Apesar da ausência de boa parte da base governista, o número de vereadores presentes no início da sessão era suficiente, ainda que no limite do quórum, para dar início aos trabalhos, votar projetos e, na sequência, apreciar o requerimento de urgência. Percebendo a situação, dois vereadores de oposição se retiraram do plenário antes da abertura oficial da sessão. O resultado? A reunião foi cancelada por falta de quórum.
Essa manobra, que faz parte da dinâmica política, só foi possível devido à ausência de parlamentares da base governista, que deveria garantir maioria.
Diante do impasse, o Palácio dos Jequitibás já considera a necessidade de convocar sessões extraordinárias em dezembro. Além disso, avalia um possível sinal de "rebeldia" entre os vereadores aliados nesta reta final do ano, momento em que o governo discute a presidência do legislativo para o biênio 2025-2026 e a remontagem do alto escalão da administração.
Os cinco projetos previstos para votação na noite desta quarta devem ser analisados na próxima reunião ordinária, marcada para a segunda-feira. Isso porque, após a realização do Pequeno Expediente, foi constatada a presença de 14 vereadores no Plenário, sendo que o número mínimo para a votação dos itens da Ordem do Dia é de 17 parlamentares.
Desta forma, os itens previstos para análise se somarão aos 21 itens da pauta do dia 2. Que beleza!
O prefeito de Campinas, Dário Saadi, vice-presidente de Saúde da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), enviou um ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade, alertando sobre a falta de medicamentos essenciais. O documento, assinado também pelo presidente da FNP, Edvaldo Nogueira, aborda o desabastecimento do fumarato de dimetila, usado no tratamento da esclerose múltipla, e problemas no acesso à insulina pelo programa Farmácia Popular.
A falta do fumarato de dimetila, causada por falhas em licitações, tem deixado pacientes sem previsão de atendimento, enquanto a escassez de insulina compromete a saúde da população. Dário Saadi cobra alternativas provisórias e soluções urgentes para regularizar a distribuição, ressaltando o impacto direto desses problemas na continuidade dos tratamentos e na segurança dos pacientes.
Um novo embate entre Dário e a ministra Nísia Trindade. No começo do ano, o prefeito de Campinas travou uma disputa para cobrar vacinas contra para Campinas, pois na primeira avaliação o governo federal não contemplava a metrópole.