04 de dezembro de 2024
SAÚDE MENTAL

O que a música clássica faz com o cérebro, segundo a ciência

Por Da Redação |
| Tempo de leitura: 2 min
Pixabay
Esse estilo musical provou que pode sincronizar áreas cerebrais específicas responsáveis ??pelo processamento de som e emoção

Sabia que ouvir música clássica pode influenciar positivamente o cérebro? Pelo menos, é isso o que sugere um novo estudo da Shanghai Jiao Tong University, da China. Esse estilo musical provou que pode sincronizar áreas cerebrais específicas responsáveis ??pelo processamento de som e emoção, o que ajuda a aliviar os sintomas de depressão.

Escutar música clássica com frequência ativa os genes associados à função cerebral e ajuda a prevenir as doenças neurodegenerativas, segundo um outro estudo divulgado por cientistas da Universidade de Helsinque, na Finlândia.

Até agora os especialistas sabiam que escutar música representa uma complexa função cognitiva do cérebro que provoca diversas mudanças neurais e fisiológicas, mas pouco havia sido estudado sobre os efeitos em nível molecular.

Outra pesquisa, mais antiga, publicado na revista "Applied Cognitive Psychology" de Yehuda et al. (2017), investigou os efeitos da música clássica na concentração e na produtividade. Os resultados revelaram que a música instrumental clássica melhorou significativamente o desempenho em tarefas de leitura e escrita, enquanto a música pop teve um efeito neutro. Isso reforça a ideia de que a música clássica sem voz pode ser uma aliada poderosa para o foco.

O que acontece: a música clássica envolve um circuito que conecta o córtex auditivo e partes do cérebro envolvidas na recompensa e no processamento emocional, bloqueando oscilações neurais.

A descoberta vem através da análise de 23 pacientes diagnosticados com depressão severa. Eles tiveram eletrodos implantados no cérebro para atingir áreas específicas envolvidas no processamento de emoções e recompensas.

Durante o experimento, os participantes ouviram dois tipos diferentes de música clássica: uma para gerar tristeza (Sinfonia nº 6 de Tchaikovsky) e outra para alegria (Sinfonia nº 7 de Beethoven).

As respostas emocionais dos participantes à música foram classificadas com base nos níveis de depressão, ansiedade e prazer pela música. Enquanto isso, a atividade cerebral foi registrada por meio dos eletrodos.

O curioso é que os participantes que relataram prazer em ouvir a música experimentaram a maior redução nos sintomas da depressão, só que isso não teve nada a ver com a canção ser triste ou alegre.

Conclusão: a preferência pessoal desempenha um papel mais significativo nos efeitos emocionais e antidepressivos da música do que a intenção emocional da música em si.