A novela do União Brasil é longa e cheia de reviravoltas. A mais recente é a consagração de um novo comandante para a sigla na cidade: nada mais nada menos que o deputado estadual Rafa Zimbaldi, do Cidadania. Sim, um político de outra legenda agora rege o União em Campinas.
Primeiro, para quem está chegando agora nessa história, o diretório municipal do União Brasil se envolveu em um cabo de guerra no período eleitoral. Os membros de Campinas já estavam assentados no governo e o partido fazia parte da base do prefeito Dário Saadi (Republicanos). Seria óbvio o apoio à reeleição de Dário, iniciativa que estava alinhavada, com a sigla realizando a própria convenção junto ao atual chefe do executivo.
Entretanto, nos bastidores, a executiva estadual tinha outros planos e estava alinhada com o adversário Rafa Zimbaldi para o pleito municipal. Foi o que aconteceu com o União, inclusive com a indicação de Raquel Rímoli como vice na chapa. Porém, a manobra causou uma implosão interna no partido local, com debandada dos candidatos a vereadores — especialmente aqueles que buscavam a reeleição — que mantiveram o apoio a Dário.
Passada a reeleição, a poeira baixou, mas o sentimento é de um partido completamente rachado e à deriva. Uma oportunidade que Rafa aproveitou. Em resposta à coluna, o deputado, e agora presidente do União em Campinas, disse que a proposta é reorganizar a sigla com a anuência da família Leite, que domina a legenda no estado.
“A ideia é reagrupar e estruturar o partido. Hoje sou o único deputado que representa nossa região e o interior. A ideia é o fortalecimento junto com a família Leite, em especial o deputado estadual Milton Leite Filho e o deputado federal Alexandre Leite. O vereador de São Paulo, Milton Leite, acreditou em nosso projeto para Campinas e, além disso, nos ajudou nas articulações”, disse.
Nessa remodelação, o ex-candidato a prefeito aponta que o União, em Campinas, será oposição ao governo Dário II, mas que irá conversar com os parlamentares reeleitos. “É natural que sejamos uma oposição responsável e construtiva, pois o União esteve em nossa chapa com a vice-prefeita, mas respeitamos a independência dos vereadores em construir aquilo que seja o melhor para a cidade”, afirmou.
Sobre estar com os pés em duas canoas — filiado ao Cidadania e presidente do União —, Rafa Zimbaldi foi pragmático e disse que deve seguir para as fileiras do União Brasil. “Assumi o partido para reorganizá-lo em Campinas, mas sigo filiado ao Cidadania. A princípio, estou apenas na organização, mas no futuro provavelmente irei migrar”, declarou.
A Câmara Municipal de Campinas enfrentou mais um adiamento na sua agenda legislativa nesta segunda-feira (18 de novembro), devido à falta de quórum para a abertura da sessão ordinária. Dos 33 vereadores, apenas 14 compareceram, enquanto o mínimo necessário para iniciar as votações é 17 parlamentares.
Com o adiamento, os seis projetos previstos para votação serão incluídos na pauta da próxima sessão, que ocorrerá somente na segunda-feira, 25 de novembro, já que não haverá expediente nesta quarta-feira (20), em razão do feriado da Consciência Negra.
Entre os vereadores que compareceram estavam:
O atraso na análise dos projetos não é inédito e reflete a dificuldade do Legislativo, entre o período eleitoral e esta reta final de mandato, em manter uma assiduidade mínima.
Nesta terça-feira, o início de uma nova jornada profissional. Estou no comando do Jornal da Manhã Regional, na Jovem Pan Campinas (89,9 FM). Muita informação e prestação de serviço, todos os dias, sempre das 7h às 8h.