23 de novembro de 2024
FORÇAS ESPECIAIS

Quem são os 'kids pretos', que planejaram golpe e morte de Lula?

Por | da Redação
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Reprodução/EB/Defesanet
Planos do grupo incluíam o 'Punhal Verde e Amarelo', que previa o assassinato de Lula, de Geraldo Alckmin e a prisão execução de Alexandre de Moraes.

A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (19) uma operação contra suspeitos de integrar uma organização criminosa que, segundo as investigações, teria planejado um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Entre os alvos estão militares do Exército formados em cursos de Forças Especiais, conhecidos como "kids pretos". Este é o apelido dado aos membros da tropa de elite do Exército, especializada em guerras irregulares, infiltração em territórios inimigos e treinamento de civis para combates.

Formados sob condições extremas em Goiás, esses militares são considerados os mais combativos da Força, o que, na avaliação de generais ouvidos pelo jornal Folha de SP, pode resultar em posturas radicais.

De acordo com a PF, os planos do grupo incluíam o "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e a prisão e execução do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a Agência Brasil, a operação de hoje cumpriu mandados de busca e prisão em três estados (Rio de Janeiro, Goiás e Amazonas) e no Distrito Federal. Entre os detidos estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

Segundo a Folha de SP, Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, também foi assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL-RJ), mas deixou o cargo por determinação do STF. Ele foi preso enquanto passava folga com a família no Rio de Janeiro e levado à sede da PF na cidade, onde deverá permanecer detido e prestar depoimento.

Os demais militares, com formação em Forças Especiais, ocupavam cargos de comando no Exército até o início das investigações.