A movimentação para o novo governo ainda está lenta, até pela necessidade de avaliar como contemplar os aliados no segundo mandato de Dário Saadi, que comandará a prefeitura de Campinas a partir de 1º de janeiro de 2025. Alguns pontos são evidentes, como o crescimento do PL, que se equipara em representação no legislativo ao Republicanos (partido do prefeito) e ao PSB (partido do vice Wandão e principal articulador político). Atualmente, o PL, um partido de direita, tem papel fundamental para garantir a governabilidade da gestão Saadi II e busca maior participação na administração. Atualmente, o PL controla a secretaria de Gestão e Controle, liderada por Professor Alberto.
No entanto, o núcleo político de Dário avalia não apenas as demandas dos aliados que cresceram nesta eleição, mas também daqueles que, apesar das turbulências, mantiveram o apoio e pediram votos pela reeleição do prefeito. Um caso específico é o dos remanescentes do União Brasil.
O partido enfrentou uma guerra interna durante o período eleitoral devido à intervenção do diretório estadual, que levou o apoio formal (tempo de TV e recursos) para a campanha de Rafa Zimbaldi, do Cidadania, mesmo sendo parte da base e ocupando cargos no governo de Dário. A situação foi tão inusitada que o União Brasil realizou sua convenção junto com o partido de Dário e outras legendas aliadas, no mesmo local e evento.
Essa reviravolta gerou uma cisão entre o diretório estadual e o municipal, além de um conflito para a chapa de vereadores e membros do partido que estavam no governo. A legenda possui, e ainda mantém, três cargos importantes: a presidência da Ceasa (Valter Greve), a presidência da EMDEC (Vinicius Riverette) e a secretaria de Transportes (Fernando de Caires). Esses três líderes são figuras centrais do União em Campinas e se mantiveram ao lado de Dário Saadi durante toda a campanha, apesar da oposição do diretório estadual.
Os vereadores Edison Ribeiro, Rodrigo da Farmadic e Major Jaime também mantiveram o apoio. Este último, porém, não conseguiu se reeleger, o que foi parcialmente atribuído à situação complexa do partido, que prejudicou o acesso ao horário eleitoral na TV e no rádio para aqueles que se rebelaram. O União Brasil encerra o ciclo com um saldo negativo para a próxima legislatura, pois perdeu uma cadeira. Na verdade, houve pouca mudança: em 2020, Edison e Farmadic foram eleitos, e ambos foram reeleitos neste ano. Major Jaime, que migrou para o União, acabou afetado pela confusão partidária.
De qualquer forma, o Quarto Andar considera que os membros municipais permaneceram leais, mesmo diante de possíveis sanções partidárias, e por isso esses integrantes têm uma importância significativa na reorganização do governo. Resta aguardar os rumos do novo governo de Dário.
Sem surpresas, o PIDS de Barão Geraldo foi aprovado em primeira votação pelo legislativo de Campinas. Após uma audiência pública realizada no sábado, mas com a proposta já agendada para apreciação nesta quarta-feira, os vereadores de Campinas aprovaram, em análise inicial, o projeto que implanta o Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS) em uma área do distrito de Barão Geraldo.
A proposta, que ainda precisa ser aprovada em segunda votação e sancionada pelo prefeito para se tornar realidade, teve 24 votos a favor e os previsíveis seis contrários: posicionaram-se contra os vereadores Gustavo Petta (PC do B), Mariana Conti e Paulo Bufalo (ambos do PSOL) e os petistas Cecílio Santos, Guida Calixto e Paolla Miguel. A oposição até tentou uma manobra para adiar a discussão, mas não teve êxito.
O PIDS deve passar por mais uma audiência pública, mas espera-se que seja aprovado sem resistência ou mudanças em novembro.