A nova configuração da Câmara de Campinas, a partir do ano que vem, não traz grandes mudanças. Foram 23 vereadores reeleitos da atual legislatura e, mesmo entre os novos rostos, temos velhos conhecidos.
Essa é a situação de Roberto Alves (Republicanos), ex-vereador e ex-deputado, que retorna ao legislativo campineiro no lugar de Fernando Mendes, que abriu mão de disputar justamente para fortalecer a candidatura de Alves. Outro que volta ao legislativo é Luiz Yabiku (Republicanos), após uma legislatura fora, indo para seu quarto mandato como vereador eleito.
Nick Schneider é um novo nome, mas com uma particularidade: ele sucede a cadeira de seu pai, o veterano Jorge Schneider (PL). O longevo vereador decidiu se aposentar, mas não desistiu dos votos e fez esforços para encaminhar o filho ao mandato na Câmara. Conseguiu, e Nick ainda teve uma votação expressiva dentro do PL.
Na bancada de esquerda, mais uma vez, repito uma expressão usada em colunas anteriores: "andou de lado". Foram quatro reeleições: a mais votada da cidade Mariana Conti (PSOL), Paolla Miguel (PT), Guida Calixto (PT) e Gustavo Petta (PCdoB). Houve duas alterações nos nomes da oposição: Cecílio Santos (PT) deixará a Câmara e será substituído pelo também petista Wagner Romão. O veterano Paulo Bufalo (PSOL) também sai, sendo substituído por Fernanda Souto, do mesmo partido. A bancada, em termos de força política, manteve-se do mesmo tamanho.
No quesito independente, também houve uma mudança. Paulo Gaspar (Novo) não foi reeleito, apesar de ter recebido mais de 4 mil votos, já que o partido não atingiu o quociente eleitoral necessário para garantir uma cadeira. No lugar dele, entra o fenômeno de votos, Vini Oliveira (Cidadania), com mais de 11 mil votos. Embora tenha disputado pelo partido de Rafa Zimbaldi, e com um número fácil de memorizar (23000), o jovem, que estreia no parlamento em 2025, provavelmente não será "oposição por oposição". Pelo que demonstrou até agora nas redes sociais e na campanha, é certo que Vini travará embates ideológicos com a esquerda.
Esta eleição teve uma das menores taxas de renovação da história recente do legislativo de Campinas. Os números disponibilizados pelo Tribunal Superior Eleitoral mostram um investimento pesado de recursos pelos partidos na maioria dos vereadores que já têm mandato. Uma peculiaridade dessa legislatura que buscou a reeleição é que foi a primeira a disputar um pleito após o advento das "emendas impositivas", que garantem recursos do orçamento municipal e praticamente transformam o legislador em executivo. Esse é um fator que não pode ser descartado ao buscarmos explicações para o resultado.
Novato na casa
Na sessão ordinária desta quarta-feira, quem esteve presente no plenário da Câmara foi justamente o vereador eleito Vini Oliveira. O jovem foi visitar a casa na qual estreará no ano que vem e se apresentar aos atuais parlamentares, já que muitos serão seus colegas a partir de 2025.
Chamou a atenção a conversa com o atual vereador, Nelson Hossri (PSD), reeleito para a próxima legislatura. A "voz da direita", como Hossri se autointitula, trocou algumas palavras com Vini e sua equipe nas cadeiras destinadas à plateia da casa de leis.
FPX Cast recebe Dário
Nesta quinta-feira, 10 de outubro, às 19h, recebo ao vivo no FPX Cast #35 o prefeito reeleito de Campinas, Dário Saadi. Com 66,77% dos votos no primeiro turno, Dário compartilhará todos os detalhes sobre a corrida eleitoral, os desafios enfrentados e as expectativas para seu novo mandato à frente da 12ª cidade mais rica do Brasil.
Para acompanhar, clique no link: https://www.youtube.com/live/B55aleGaXTY?si=gr4Vndvw09W7z2J6