30 de dezembro de 2024
ENCONTRO

Agências espaciais do mundo discutem desastres naturais no Inpe

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / Inpe
Imagem do Disasters Charter

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) recebe especialistas em imagens de satélites de todo o mundo, nesta semana, para a 52° reunião do International Charter: Space and Major Disasters e de sua secretaria executiva.

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O Disasters Charter é um consórcio de instituições e agências espaciais que fornece dados orbitais em situações de emergências causadas por desastres naturais em qualquer região do planeta.

O consórcio foi criado em 2000 a partir das recomendações da Unispace 3 (3ª Conferência das Nações Unidas sobre a Exploração e Uso Pacífico do Espaço Exterior). O Inpe ingressou em 2012 e atualmente lidera o Disasters Charter.

Durante a reunião em São José dos Campos, estão sendo discutidos os diversos cenários de desastres que têm sido atendidos no âmbito do programa.

A programação inclui exemplos de ativações recentes, como as trágicas enchentes no Rio Grande do Sul e as inundações e deslizamentos no litoral norte em São Paulo e no Acre. Também estão sendo realizados treinamentos de produtos de satélites ópticos e de radar.

As agências espaciais que trabalham dentro do Charter unem forças para adquirir imagens de satélite o mais rápido possível, para garantir que os dados estejam disponíveis para uso humanitário.

Como funciona.

Uma ativação do Charter é iniciada por um usuário autorizado (UA), que são as agências responsáveis pelo gerenciamento do desastre em cada país. Com a ativação, o Charter é mobilizado automaticamente para obter recursos de satélite, com imagens e mapas informativos.

Após algumas horas da ativação ocorre a entrega dos primeiros produtos, permitindo extrair informações dos dados de sensoriamento remoto. Os dados são disponibilizados para os usuários autorizados que acionam equipes para a resposta em campo aos desastres, permitindo a busca, o salvamento e a avaliação de danos.

Em maio, no desastre ocorrido no Rio Grande do Sul (RS), os dados de satélite adquiridos por meio do consórcio foram usados para ajudar na busca, recuperação e operações de resgate, ajudando a avaliar os danos causados pelas enchentes.