O Vale do Paraíba foi incluído no alerta vermelho do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) devido ao “clima de deserto”, com baixa umidade realtiva do ar, escassez de chuvas e calor intenso.
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O aviso vale a partir desta terça-feira (10) e segue até a próxima sexta-feira (13), período em que a umidade relativa do ar pode cair para índices de 10% no Vale, ou até menos, dependendo da condição climática. Em climas desérticos, a umidade do ar fica, em média, abaixo de 10%.
O grau de severidade para a saúde humana é classificado como de “grande perigo”, na avaliação do Inmet, em razão da onda de calor, que só deve abrandar na próxima semana. Por enquanto, uma forte massa de ar seco impede o avanço das frentes frias e mantém esse “clima de deserto” em boa parte do país.
O risco à saúde é de as temperaturas ficarem 5ºC acima da média por período maior do que cinco dias, o que deve ocorrer nesta semana, segundo o Inmet.
Além do Vale, uma grande faixa no país foi incluída no alerta vermelho do instituto nacional, desde a região Norte, passando pelo Centro-Oeste e pegando parte do Sudeste e do Sul do país. O estado de São Paulo está praticamente inteiro nessa área de clima desértico, com exceção da faixa litorânea.
“Estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional. Grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana”, informou o Inmet.
“Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e os possíveis riscos. Siga as instruções e conselhos das autoridades em todas as circunstâncias e prepare-se para medidas de emergência.”
De acordo com o Inmet, a cidade de São José dos Campos deverá ter a umidade relativa do ar mais baixa da região, em torno de 10% até a próxima sexta, e ficando na casa de 20% na maior parte dos dias. O mesmo acontece com Taubaté e Guaratinguetá, com a umidade reduzindo a 15% já a partir desta terça-feira.
No Litoral Norte e na Serra da Mantiqueira, as condições climáticas serão um pouco mais amenas, com a umidade oscilando entre 25% e 30%.
“É uma condição do clima bastante severa e que traz riscos à saúde humana, principalmente para idosos, crianças, e pessoas com doenças crônicas. É preciso se manter hidratado o tempo todo e evitar se expor ao sol, principalmente nos horários de pico de calor”, disse o meteorologista Marcos Sanches.
O Inmet aponta que 200 cidades pelo país registraram umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara,
Segundo a análise das estações do Inmet, os piores índices de umidade do ar foram registrados em cidades no Mato Grosso do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais, com índices de 7%.
Ao todo, nove cidades registraram índices menores do que 10% -- nenhuma delas é do Vale, ao menos por enquanto.