Ingredientes
Embora algumas publicações culinárias específicas o datem dos anos 50, e o liguem romanticamente a comensais boêmios da noite paulistana, o picadinho de carne é bem mais antigo e desde sempre atendeu a uma demanda familiar, pois corresponde ao tipo de comida que agrada a todos, crianças e adultos. Continua apreciado de norte a sul do Brasil, mas tanto o tipo de carne como os acompanhamentos o diferem de um lugar para outro. Há os que usam filé mignon, mas acho que deixa o preparo muito seco. Prefiro o contrafilé, por conta das gordurinhas nas entranhas, mas o coxão mole, desde que limpo dos excessos delas, vai bem também. Quanto aos acompanhamentos, eles são em geral arroz e feijão, mas isso depende do gosto. Batatas fritas ficam ótimas. Purê de batatas faz uma combinação muito saborosa.
A técnica de corte é importante. Quem leva jeito, corta em pedaços medianos e bate neles com a ponta de uma faca bem afiada, picando tudo miudinho. Para quem não possui tal destreza, aconselho comprar a peça inteira e cortá-la em bifes de 2 cm de largura. Depois é picar cada um em pedacinhos de 2 ou 3 cm, não mais. Sempre é bom lembrar que para esse prato a carne não deve estar congelada.
Isso feito, é temperar os pedacinhos com o sal e pimenta numa tigela deixada em temperatura ambiente. Enquanto toma gosto, pique a cebola e o alho miudamente. E leve a água para ferver. Numa panela grande de fundo largo coloque um fio de azeite e doure a carne, não deixando que os pedacinhos se amontoem. Quando dourarem, retire com espumadeira e reserve. Na mesma panela coloque mais azeite, doure a cebola, acrescente o alho, batize com pitadinha de sal. Junte a farinha e mexa por 1 minuto. Ela vai ajudar o caldo a engrossar. Agregue o molho inglês, o extrato de tomate e misture bem para dissolver possíveis grumos. Devolva a carne à panela, cubra com a água fervente, cozinhe em fogo baixo por meia hora ou até amaciar. Quando isso acontecer e o molho estiver espesso, desligue a chama e salpique salsa picada.