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18 de maio de 2024

SAÚDE

VÍDEO: Novo tipo de dengue e cidades vizinhas inflam rede pública de saúde de São José

Isso foi fundamental para os reflexos que o joseense tem sentido na hora de buscar por um médico

Por Leandro Vaz
São José dos Campos

23/04/2024 - Tempo de leitura: 3 min
Da redação

Leandro Vaz

Atendimento no Hospital de Clínicas Sul

“Foi introduzido um novo tipo, o vírus tipo 2, que a gente ainda não havia tido contato. O que torna a população 100% vulnerável”, afirma a secretária de Saúde de São José dos Campos, Margarete Correia. A responsável pela pasta recebeu OVALE, na tarde desta terça-feira (23) para falar sobre o inchaço de atendimento na rede pública de saúde. Na segunda-feira (22), pacientes sofreram nas unidades com longa espera para a diagnóstico. A reportagem acompanhou a fila no Hospital de Clínicas Sul, que tinha demora acima de sete horas. Devido ao aumento no número de caso e toda a adversidade da doença, ela pede atenção e paciência.

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O tipo 2 de dengue já estava circulando em outras cidades e acabou diagnosticado também em São José. Ele não difere muito de outros sorotipos de dengue, mas por ser ‘novo’ a possibilidade do paciente aquirir a doença é ainda maior.

“A procura tem sido grande. Em janeiro, tivemos o atendimento de 74 mil pessoas, em janeiro, para 114 mil, agora. Representa cerca de 22% dos casos atendidos nas unidades de porta aberta”, garante Margarete. As portas abertas ditas por Margarete são as quatro UPAs e prontos-socorros.

Esse aumento foi fundamental para os reflexos que o joseense tem sentido na hora de buscar por um médico. Além disso, a secretária garante que outras cidades têm ‘exportado’ para São José, muitos pacientes. “As cidades vizinhas, infelizmente colaboram, com pacientes nos procurando, o que mostra uma fragilidade deles (cidade) nesse sentido”, disse. Segundo Margarete, nos últimos 30 dias, foram pelo menos quatro mil pacientes atendidos de outras cidades. Pelo menos metade desses, de Jacareí.

Além da dengue, outros casos como viroses e problemas respiratórios tem ajudado a causar problemas nos atendimentos. “Passamos de dois, até seis médicos a mais por plantão”, afirma. Nos últimos meses a Prefeitura contratou 328 funcionários para tentar desafogar a rede.

Para fugir dos problemas de lotação, a secretária diz que duas decisões devem ser tomadas pelos pacientes. “Já nos primeiros sintomas, a pessoa tem que buscar a própria unidade de saúde mais perto dela. As dores nos olhos, dores no corpo... Somos 45 unidades de UBSs Resolve. Então, o paciente deve procurar já com os primeiros sintomas. Se ele demora a procurar, aí tem que ser no pronto atendimento, onde está hoje o maior problema”, disse.

Sobre o número excessivo de horas de espera de muitos pacientes, Margarete afirma que há sim problemas, mas em menor intensidade. “Na verdade, o ideal é sempre o mínimo, mas na atual conjuntura, o tempo de espera aceitável é do no máximo quatro horas, em média”, disse sobre o tempo de espera nas unidades.

TRÉGUA 

Com alta nos números nas últimas semanas, a dengue pode começar a dar uma trégua com a estiagem. Durante reunião na manhã desta terça, Margarete já foi informada sobre um arrefecimento da doença. “Espera-se agora a tendência de diminuição de casos. Abril costuma ser o de maior número de casos. Então, nós estamos no apogeu. Mas vamos ter uma reversão disso a partir de agora”, disse.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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