25 de novembro de 2024
EXCLUSIVO

'Saidinha' é reprovada por 86,78% dos eleitores em São José, diz pesquisa OVALE/Sampi

Por Guilhermo Codazzi, editor-chefe de OVALE | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo OVALE
Aproximadamente 3.000 presos deixam as prisões a cada saída temporária no Vale do Paraíba

Controversa, a saída temporária de presos é reprovada por 86,78% dos eleitores de São José dos Campos, de acordo com levantamento OVALE/Sampi/Ágili Pesquisas. A medida, que provoca debates acalorados nas redes sociais e é alvo de discussão no Congresso Nacional, é aprovada por 9,48% dos entrevistados, enquanto 3,74% não sabem ou não responderam.

O instituto ouviu 610 pessoas em São José entre os dias 21 e 23 de fevereiro. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.

A pesquisa integra o Vox Populi, um dos pilares do novo projeto editorial de OVALE, principal veículo de comunicação da RMVale, que converteu-se em um veículo 100% digital e anunciou a duplicação do volume de produção jornalística. Além dos levantamentos eleitorais, OVALE fará levantamentos periódicos sobre temas relevantes, servindo como um termômetro da opinião pública.

De acordo com a pesquisa OVALE, a saída temporária é reprovada por 83,60% dos homens e 89,62% das mulheres em São José, sendo aprovado por 12,17% dos eleitores masculinos e 7,08% das eleitoras -- respectivamente, 4,23% e 3,30% não sabem ou não responderam.

Conhecida popularmente como 'saidinha', a saída temporária é ainda reprovada pelos eleitores de todos os níveis de escolaridade, faixas etárias e regiões da cidade, segundo o levantamento exclusivo de OVALE (veja quadros abaixo).

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Tem direito à saída temporária o preso que cumpre pena em regime semi-aberto, que até a data da saída tenha cumprido um sexto da pena total se for primário, ou um quarto se for reincidente. Tem que ter boa conduta carcerária, pois o juiz, antes de conceder a saída temporária, consulta os diretores do presídio.  Em um ano acontecem 5 saídas temporárias, cada uma delas com 7 dias cada. Alvo de críticas, a medida tem como meta auxiliar a reinserção do preso à sociedade.

A morte de um sargento de 29 anos em Belo Horizonte (MG), por um preso em saidinha, trouxe de volta a campanha para suspender o benefício. O crime aconteceu em 5 de janeiro e reacendeu o debate sobre o tema.

O Senado Federal aprovou em 20 de fevereiro o projeto que acaba com as saídas temporárias. A aprovação ocorreu com 62 votos favoráveis e 2 contrários. O texto agora deve voltar à Câmara para ser votado pelos deputados.

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