Uma criança de apenas 1 ano e meio sofreu agressões e mordidas dentro de uma "escolinha" particular em Igarapava, cidade a 86 km de Franca, nesta terça-feira, 19.
A mãe da criança, que mora no bairro Guanabara daquela cidade, deixou a filha para poder trabalhar, mas ao ir buscar a criança no final do dia, encontrou a garotinha com hematomas graves pelo corpo, principalmente no rosto.
O pai da criança, João Daniel Amazonas Rogério, de 27 anos, engenheiro de software, e que mora em Franca, disse que na semana passada a filha havia apresentado alguns hematomas não tão graves. “Na semana passada ele já havia chegado com hematomas. A mãe dela averiguou na escolinha, e as cuidadoras disseram que crianças são assim mesmo, que mordidas, arranhões podem acontecer, e a gente aceitou porque realmente pode acontecer. Porém, ontem (terça-feira) ela apresentou hematomas novamente”, conta o pai.
O pai acusa a escolinha de negligência e quer que a polícia apure o caso. “Não tivemos uma explicação concreta novamente. A cuidadora disse que foi uma criança da mesma idade, mas devido à quantidade de hematomas a gente vê que a outra criança teve tempo para fazer isso e nada foi feito. Isso é negligência com o cuidado das crianças”.
João Daniel disse que a criança passou por exames de corpo delito e quer uma explicação do que teria ocorrido dentro da escolinha. “Isso não pode passar impune. Estamos bastante revoltados. É uma escola particular, e a gente acha que vai pagar, e que o cuidado vai ser melhor. Acha que a filha está protegida, mas infelizmente acontece isso”, disse.
A família acionou a Polícia Civil de Igarapava e registrou Boletim de Ocorrência.
Outro lado
Em nota, a direção do espaço infantil informou que não atua como escola ou creche, que é um espaço interativo/recreativo. Esclareceu que o fato foi isolado, onde uma criança mordeu por várias vezes uma outra enquanto a monitora em serviço estava trocando outras crianças para liberá-las para o playground/recreação. Nesse momento que aconteceu o acidente, como a criança em questão não chorou e nem manifestou incômodo, a monitora não percebeu de imediato o acontecimento, percebendo a agressão posteriormente.
Na nota, a instituição diz que ofereceu todo atendimento necessário à criança e que repudia qualquer ato de agressão e está vigilante para evitar novas ocorrências.