A Justiça aceitou, na última terça-feira, 14, o pedido de recuperação judicial do Guarani. O recurso foi protocolado no dia 10 de março - antes das eleições do Conselho Administrativo -, com o Bugre declarando R$ 59,2 milhões em dívidas.
Na decisão, a juíza Eliane Cássia da Cruz da 7ª Vara Cível de Campinas, declarou que o pedido é legítimo. No entanto, ela apontou a necessidade de mais informações sobre as dívidas e processos existentes.
Com a recuperação judicial aceita, um administrador foi nomeado pela juíza para acompanhar o processo. O clube tem 60 dias para apresentar ao nome escolhido o plano de pagamento aos credores.
A partir da decisão, estão suspensas, durante 180 dias, possíveis execuções judiciais contra o clube, além de retenção ou busca e apreensão sobre bens do clube bugrino.
Recuperação judicial
O pedido de recuperação judicial foi feito à Justiça na última sexta-feira, 10. O Guarani enfrenta há anos uma grave crise financeira, que causou a penhora de bens, como o complexo do Estádio Brinco de Ouro da Princesa, além do Centro de Treinamento.
De acordo com o presidente Ricardo Moisés, são diversos processos cíveis, que atrapalham negociações com jogadores e causam transtornos no clube. Nos últimos três anos, no entanto, os processos têm diminuído.
“Chegou a hora do clube enfrentar sua dívida, propor uma forma de pagar e encerrar seus débitos e iniciar o pagamento de seus impostos. Esta é uma decisão que pensa no Guarani para daqui mais de 10 anos, talvez como há muito não se pensasse”, afirmou Moisés.