A Prefeitura de Campinas e o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira voltaram a discutir nesta terça-feira (10) os rumos do contrato que viabiliza o atendimento em unidades de saúde mental no município. O encontro marcou uma tentativa de aproximação após semanas de tensão entre as partes.
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Durante a reunião, ficou definido que a entidade vai apresentar uma planilha detalhada com os gastos mensais dos serviços que oferece. A entrega da documentação será usada como base para uma nova etapa de negociação entre o Cândido e a Secretaria Municipal de Saúde.
O centro do impasse é o reajuste no valor do convênio. Enquanto a Prefeitura propõe um acréscimo de 5,5%, o Cândido Ferreira afirma que precisa de um aumento de 16% para manter os atendimentos com equilíbrio financeiro. A instituição argumenta que o número de pacientes cresceu 21% em relação ao previsto no contrato, o que teria provocado um déficit de R$ 1,3 milhão por mês.
Apesar do desacordo, os atendimentos seguem em funcionamento por força de uma liminar que obriga a continuidade dos serviços por até 180 dias. O Cândido Ferreira administra 11 dos 14 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Campinas, além de residências terapêuticas, centros de convivência, oficinas e o programa Consultório na Rua.
As duas partes disseram estar comprometidas com a manutenção do serviço e prometeram buscar uma solução viável para evitar interrupções.