
Entrou em operação na Unicamp o Centro Regional de Meteorologia (CRMet), voltado exclusivamente para a Região Metropolitana de Campinas (RMC). O serviço será operado pelo Cepagri e já conta com a adesão de 11 dos 20 municípios da região, reunindo dados pluviométricos, imagens de radar e informações da Defesa Civil para monitoramento de eventos meteorológicos extremos.
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O sistema, segundo a meteorologista Ana Ávila, já permite visualizar em tempo real a intensidade e localização das chuvas, além de mapear áreas de risco com base nos volumes registrados pelos pluviômetros da rede.
O radar meteorológico adquirido em 2023 é a principal ferramenta do novo centro e passou a operar integrado a um painel intermunicipal de vigilância climática. A iniciativa é financiada com recursos da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp) e apoio técnico da Unicamp. “Já temos uma base funcional, mas a expectativa é integrar todos os municípios da região nos próximos meses”, explicou Ávila.
O diretor da Agemcamp, coronel Eliziário Ferreira Barbosa, anunciou a aquisição de 20 estações meteorológicas para ampliar o monitoramento em campo e alimentar o sistema com dados locais.
O CRMet também passará a operar de forma interligada com os sistemas estaduais e federais de alerta meteorológico, mantendo ativa a Rede de Alerta de Desastres e permitindo respostas mais rápidas da Defesa Civil em situações de emergência.
Durante o evento de lançamento, o Cepagri promoveu um workshop para relembrar a chamada “microexplosão” que atingiu Campinas em junho de 2016, causando estragos severos. O coordenador do centro, David Lapola, e o reitor em exercício da Unicamp, Fernando Coelho, destacaram a importância de antecipar-se a fenômenos extremos que devem se tornar mais comuns com o avanço das mudanças climáticas.
“Essas novas condições representam um risco enorme para a sobrevivência da espécie humana. A Universidade tem papel essencial na formulação de soluções para enfrentar esse desafio”, afirmou Coelho.