
A Prefeitura de Campinas homologou o resultado da licitação para a obra de contenção de enchentes na Praça da Ópera, no Centro da cidade. O projeto, que integra o Plano de Controle de Enchentes da Região Central, prevê a construção do reservatório RS1, com investimento de R$ 125.595.094,81. A licitação foi vencida pelo Consórcio Reservatório Praça da Ópera JDPC, formado pelas empresas Jofege Pavimentação, DP Barros Pavimentação e Casamax Comercial e Serviços, que ofereceram desconto de 5% sobre o orçamento base.
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Segundo a Secretaria de Administração, após a homologação publicada no Diário Oficial, o processo segue para a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), que autorizará a despesa e iniciará a formalização do contrato. A ordem de serviço será assinada na primeira semana de maio, e em seguida será feita a montagem do canteiro de obras. A previsão é que os trabalhos durem 24 meses.
O reservatório RS1 terá capacidade de 80 milhões de litros e será composto por duas células circulares de 45 metros de diâmetro e 22 metros de profundidade. A estrutura vai reter águas pluviais que chegam à região do córrego Serafim, por meio de uma galeria de desvio vinda da Rua Delphino Cintra. A obra busca mitigar os alagamentos que frequentemente atingem a área central, protegendo comércios, residências e o tráfego local.
De acordo com o secretário de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, esse será o segundo reservatório de grande porte da cidade, complementando o já existente na Praça Princesa d’Oeste. Juntos, os dois equipamentos devem resolver até 95% dos alagamentos no centro. O próximo passo do plano será a bacia do córrego Piçarrão, cujos estudos já estão em andamento.
O Plano de Controle de Enchentes inclui ainda oito grandes obras nas bacias dos córregos Serafim e Proença. A primeira delas já está em construção na região do Jardim Paranapanema, com investimento de R$ 205,8 milhões. O reservatório RP-1, que será coberto, está sendo ligado à Avenida Princesa d’Oeste por um túnel metálico de 3,5 metros de diâmetro, construído com tecnologia Tunnel Liner.
A maior parte do investimento é financiada com recursos do BNDES, que destinou R$ 503 milhões para a primeira etapa do plano. A contrapartida da Prefeitura é de R$ 55,9 milhões, totalizando R$ 559,6 milhões já garantidos para o programa. O orçamento estimado para todas as fases das obras é de aproximadamente R$ 1 bilhão.