
O vereador Vini Oliveira (Cidadania) se pronunciou publicamente nesta quinta-feira (24), quase 24 horas após a Câmara Municipal de Campinas aprovar a abertura de uma comissão processante que pode resultar na cassação de seu mandato. Em nota divulgada nas redes sociais, Vini negou qualquer irregularidade e afirmou que apenas exerceu sua função fiscalizatória como parlamentar.
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A comissão foi instaurada na sessão de quarta-feira (23), com 23 votos favoráveis e 9 contrários, após a apresentação de uma denúncia pela médica Daiane Copercini, da Rede Mário Gatti. Segundo o documento, Vini teria invadido o Hospital Mário Gatti no dia 1º de janeiro acompanhado de assessores, filmando pacientes e servidores sem autorização.
A acusação inclui suposta violação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ao sigilo médico, além de conduta incompatível com as prerrogativas do cargo, o que motivou também manifestações de repúdio por parte de entidades como o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Em sua nota, o vereador afirmou: "Não desviei recursos públicos, não cometi atos de corrupção, não pratiquei assédio nem qualquer forma de agressão. Apenas exerci uma das atribuições constitucionais do parlamentar: fiscalizar o poder público." Ele acrescentou ainda que acredita na transparência e na oportunidade de apresentar sua defesa ao longo do processo.
A comissão responsável pela condução do caso é composta pelos vereadores Nick Schneider (PL), Mariana Conti (PSOL) e Nelson Hosrri (PSD). O grupo terá prazo regimental para realizar oitivas, reunir provas e emitir um parecer final, que será novamente votado em plenário. Caso a maioria qualificada dos vereadores considere que houve quebra de decoro parlamentar, Vini poderá perder o mandato.
O parlamentar, eleito com 11.423 votos, reiterou seu compromisso com os eleitores e afirmou que segue com tranquilidade, concentrado na elaboração de sua defesa.