
Os hospitais privados do estado de São Paulo registraram aumento no atendimento a pacientes com suspeita de dengue nos últimos 15 dias, conforme aponta uma pesquisa do Sindicato de Hospitais, Clínicas e Laboratórios no Estado de São Paulo (SindHosp). No entanto, os números ainda estão abaixo dos índices registrados no mesmo período do ano passado.
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Segundo o levantamento, 45% dos hospitais paulistas notaram crescimento na procura por atendimento de casos suspeitos da doença. Em 2024, esse percentual foi de 89%. Além disso, 43% das unidades registraram aumento de até 5% nos pacientes que testaram positivo, sendo a faixa etária predominante entre 30 e 50 anos.
A pesquisa ouviu 96 hospitais privados no estado, sendo 59% localizados na capital e na Grande São Paulo, enquanto 41% pertencem ao interior.
Internações aumentam, mas em menor proporção
Os dados também indicam um crescimento nas internações por dengue, embora em ritmo mais lento do que em 2024. Neste ano, 66% dos hospitais relataram aumento nas internações, enquanto no ano passado esse percentual foi de 80%.
A ocupação de leitos clínicos por pacientes com dengue também cresceu, mas de forma mais controlada. Em 43% dos hospitais, o aumento foi de até 5%. No ano anterior, 51% das unidades relataram crescimento entre 11% e 20%.
Por outro lado, a pesquisa constatou que não houve aumento significativo na demanda por leitos de UTI para casos graves da doença.
Outras doenças também preocupam
Além da dengue, os hospitais relataram um aumento na incidência de viroses em geral (40%) e outras doenças respiratórias (25%). Em 2024, 38% das internações ocorreram por doenças crônicas, 28% por viroses e 27% por problemas respiratórios.
Prevenção e combate ao mosquito
O presidente do SindHosp, médico Francisco Balestrin, alerta que o combate à dengue depende de medidas sanitárias eficientes e da colaboração da população. “O controle da doença exige esforços contínuos das autoridades para eliminar os focos do mosquito, mas também passa por atitudes individuais, como evitar água parada em plantas, piscinas e caixas d’água abertas, além do uso de repelente em áreas infestadas”, reforçou.