A hierarquia do crime.
Operando como uma empresa transnacional, que faz do tráfico de drogas o seu core business, o PCC (Primeiro Comando da Capital) tem a sua equipe de 'executivos', subordinados somente ao patamar mais alto da hierarquia da facção criminosa mais temida do Brasil, criada no Vale do Paraíba, em 1993.
É a chamada 'Sintonia dos 14', departamento que responde diretamente à 'Sintonia Final', aquela que dá a palavra decisiva e corresponde à cúpula da mais temida organização criminosa do país. É a elite do PCC.
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Os 'irmãos' da 'Sintonia dos 14' têm regalias, por exemplo, recebendo uma remuneração fixa, moradia e veículo, além de ser poupado de determinadas obrigações inerentes aos membros do 'Partido', como o pagamento da mensalidade, o chamado 'caixote' ou 'cebola', ou as rifas e o 'progresso'.
Anteriormente, a 'tropa de elite' era chamada de 'Quadro dos 36', porém teve o seu tamanho reduzido para 14 durante reestruturação realizada pelo PCC.
"Essa Sintonia é composta por grupelho de elite da organização criminosa, formado por pouquíssimos integrantes com elevado poder decisório dentro da hierarquia marginal, ligado diretamente à cúpula da facção custodiada na P-2 de Presidente Venceslau", diz investigação do Ministério Público.
Além de reunir dados sobre o exército da facção, a 'Sintonia' é ainda responsável por tomar decisões junto à cúpula e ainda decisões de caráter disciplinar em relação aos 'irmãos', cuidar das finanças, com contas bancárias de terceiros para lavar o dinheiro do crime. O grupo se assemelha, segundo o MP, com a 'inteligência do PCC'.
RESTRITO.
Com a reestruturação interna, a organização dividiu em duas partes as atuações da 'Sintonia dos 14'. Uma delas, por exemplo, é responsável por investigar agentes públicos que estão na lista fatal dos bandidos.
"A 'Sintonia dos 14' foi reorganizada, com a criação de uma célula para tratar de assuntos restritos, no caso a 'Sintonia Restrita' responsável pelos assuntos extremamente sigilosos e de relevância para a cúpula, tal qual o levantamento de informações de agentes públicos e ex-integrantes que serão executados pelo partido", diz outro trecho de relatório do MP.
Comentários
1 Comentários
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RICHARD VOLPATO 10/12/2024A máfia russa comecou assim, antes fazia parte de um governo e depois tornou-se célula do estado. O ESTADO É UM CORPO MÍSTICO E O GOVERNO É UM CORPO PERECÍVEL