A Delegacia de Polícia de Campos do Jordão, sob a coordenação da Delegacia Seccional de Taubaté, realizou uma operação, na quinta-feira (26), para cumprir dois mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão domiciliar.
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A ação, conduzida por oito policiais e com o uso de duas viaturas, foi parte das investigações referentes ao roubo de uma joalheria em agosto, quando proprietários da loja, pai e filha, foram mantidos em cárcere privado e ameaçados por criminosos armados.
O crime ocorreu no final de junho, quando quatro indivíduos invadiram a residência das vítimas e as mantiveram sob cárcere por aproximadamente cinco horas.
Durante a ação, os criminosos exigiram que as vítimas indicassem a localização de cofres e objetos de valor, como joias, relógios e pedras preciosas.
O idoso, proprietário da joalheria, foi amarrado e sofreu lesões após ser agredido com um “soco inglês”. Após roubarem os itens de valor, os criminosos fugiram com o carro da vítima, que foi posteriormente abandonado em São José dos Campos.
Logo após a fuga dos criminosos, a filha da vítima conseguiu buscar ajuda em uma pousada próxima e acionou a polícia. As investigações foram imediatamente iniciadas pelo SIG (Setor de Investigação) da Polícia Civil.
A análise de imagens de câmeras de segurança revelou a movimentação suspeita de um veículo Chevrolet Corsa Joy, de cor prata, que circulava ao redor da residência em horários coincidentes com o roubo. A identificação parcial da placa, juntamente com dados obtidos do COI (Centro de Operação Integrada), permitiu rastrear o veículo até sua proprietária em São José dos Campos.
Avanço das investigações.
Com o veículo identificado, os investigadores descobriram que a proprietária havia registrado, meses antes, um boletim de ocorrência sobre uma fraude em seguro, envolvendo sua filha e genro, o que levantou suspeitas. Após monitorar grupos de venda de relógios valiosos, a polícia identificou sete relógios idênticos aos roubados, que estavam sendo oferecidos para venda por J.A.K, relojoeiro notificado pela polícia.
O depoimento de J. levou à identificação de dois suspeitos principais: A.N.J, genro da proprietária do veículo utilizado no roubo, e R.G.T, tio de A. Os dois foram apontados como os responsáveis por tentar vender os relógios roubados. A conta pix usada para receber o valor das vendas também foi rastreada, ligando R.K.M.O ao caso.
Na operação, A. foi preso e confessou informalmente sua participação no roubo, admitindo que usou o carro de sua sogra para cometer o crime. Ele também revelou que agiu com outros três criminosos.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos o veículo usado no delito, aproximadamente R$ 20 mil em espécie, rádios comunicadores e uma balaclava.
R.G.T, por sua vez, manteve-se em silêncio, mas em sua posse foram encontradas 10 peças de relógios provenientes do roubo, além de aproximadamente R$ 50 mil em espécie. Ambos os suspeitos foram levados para a delegacia, junto com os objetos apreendidos, para análise e posterior encaminhamento à justiça.
Além disso, os telefones celulares dos envolvidos foram confiscados e passarão por análise. Durante a análise preliminar do celular de A., as vítimas identificaram W.M.A como um dos responsáveis pelas agressões ao idoso, que utilizou o “soco inglês” durante o roubo.
Valores e objetos recuperados.
A operação resultou na recuperação de cerca de R$ 70 mil em espécie, além de 10 relógios valiosos reconhecidos pelas vítimas. Cinco dos sete relógios identificados já foram devolvidos aos proprietários, enquanto os demais já haviam sido vendidos, mas os compradores foram identificados e responderão às investigações.
A Polícia Civil continua as investigações para identificar os demais envolvidos no crime e localizar o restante dos objetos roubados. Os presos foram conduzidos à Unidade Transitória de Presos em Taubaté, onde permanecerão à disposição da justiça enquanto aguardam a audiência de custódia. As investigações prosseguem com o objetivo de desmantelar a quadrilha responsável pelo roubo e outros crimes associados.
