FIM DE UMA ERA

Fechamento das Americanas é novo capítulo da degradação do Centro

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Facebook
As unidades das Americanas são conhecidas por venderem de tudo um pouco
As unidades das Americanas são conhecidas por venderem de tudo um pouco

O fechamento das Lojas Americanas no calçadão da Rua 13 de Maio, em Campinas, é mais um ato da melancólica história de degradação da região central.

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Nesta semana, quem passou pela área mais tradicional do comércio de rua da metrópole se deparou com um cartaz afixado que informava o fim das atividades da loja que, há décadas, atendia o consumidor. O seco informativo trazia a mensagem de encerramento do estabelecimento e os endereços de outras lojas ‘alternativas’ do grupo. O detalhe é que nenhuma delas fica na área central.

"Fiquei chocada quando vi o cartaz de encerramento. Não dá pra acreditar que uma loja tão importante vai simplesmente desaparecer assim do centro da cidade", disse Álvara Rezende, que insistia em tentar olhar pelas portas fechadas da tradicional loja.

As unidades das Americanas são conhecidas por venderem de tudo um pouco: desde eletrônicos, pratos, doces, roupas e papelaria. Os produtos são diversos e até um pouco confusos, mas os clientes gostavam.

"É triste ver uma loja tão tradicional fechar as portas. Passei minha vida inteira comprando aqui. O centro perde mais uma vez", afirmou Rubens Neves, cliente e morador da região central.

As Americanas fazem parte de um grupo que, de maneira bem pragmática, justificou o fim da unidade central como uma “parte do curso normal do varejo, somado ao plano de transformação da companhia, que prevê ajustes imediatos e de curto e médio prazos com foco na rentabilidade e otimização do negócio”. A empresa ainda indicou que há outras unidades em Campinas que podem atender os clientes, porém nenhuma delas fica no Centro.

Tradição chega ao fim

O caso das Lojas Americanas lembrou o triste fim de outro ícone da região central de Campinas, a Skina Magazine. O comércio funcionou por quase 90 anos na esquina da 13 de Maio com a Rua José Paulino, por sinal muito próximo das Americanas, mas também fechou as portas, neste caso em junho deste ano.

A Skina terminou sua história devido às mudanças no perfil do consumidor e à crise econômica da loja.

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