O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), esteve em Campinas durante o Carnaval, no dia 12 de fevereiro. O deputado federal pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos em um jato da Força Aérea Brasileira. Na sequência, embarcou em um avião da Azul rumo a Orlando (EUA).
De acordo com o relatório da FAB, o parlamentar saiu do Rio de Janeiro às 6h15 e chegou em Campinas às 7h05. Cinco pessoas o acompanharam na viagem. Os nomes não foram revelados no documento. Na justificativa, ele declarou que utilizou o jato para sua segurança.
Assim que chegou à metrópole, o presidente da Câmara embarcou em um voo rumo a Orlando (EUA). Na Flórida, ele ficou até a última segunda-feira, 19, quando retornou a Campinas. Portanto, Lira aproveitou o 'pequeno recesso' de Carnaval nos Estados Unidos.
Logo que retornou à Viracopos, o parlamentar embargou novamente em um voo da FAB, desta vez para Brasília (DF), para retomada dos trabalhos na Câmara dos Deputados.
A Sampi Campinas tentou contato com Lira. No entanto, até o momento, a equipe do presidente da Câmara não retornou à reportagem. Nas redes sociais, ele não postou imagens da sua viagem aos Estados Unidos.
Membros do Partido Progressistas em Campinas, do qual Lira é filiado, também foram procurados. Ainda assim, nenhum revelou se houve algum encontro com o parlamentar.
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Tour com a FAB
Durante o Carnaval, Lira passou por três cidades brasileiras com jatos da FAB. A primeira viagem aconteceu no dia 9 de fevereiro, quando ele esteve em Salvador, a convite do deputado Elmar Nascimento (União/BA).
Segundo a FAB, Lira saiu de Brasília às 11h40 da sexta-feira a Salvador e desembarcou às 13h20. Ele saiu da capital baiana no dia 11, às 10h20, e chegou às 12h15 no Rio de Janeiro.
Na capital carioca, desfilou na Sapucaí no domingo, 11, junto a Beija-Flor de Nilópolis, que fez um enredo em homenagem a Maceió, capital de Alagoas. A Prefeitura da cidade patrocinou a escola com R$ 8 milhões.
Quem pode usar os aviões da FAB?
O uso dos aviões da FAB seguem uma ordem de prioridade, conforme um decreto presidencial. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço.
Para atender às situações, a legislação diz que o vice-presidente da República, o presidente do Senado Federal, o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente do Supremo Tribunal Federal têm prioridade no atendimento.
Cada viagem tem um custo estimado de R$ 70 mil aos cofres públicos.