Cléber Machado é disparadamente um dos melhores narradores esportivos da TV Brasileira - também um dos mais tradicionais.
O jornalista esportivo atuou por mais de 30 anos na TV Globo, sendo um dos mais escalados para narrar jogos de times paulistas nas transmissões da TV aberta, pela Globo, ou por assinatura, nos canais Sportv e Premiere.
O narrador tem um dialeto arraigado por gírias populares como o famoso “hoje não, hoje não, hoje não....Hoje sim”, durante uma narração de Fórmula 1, ou, ainda, sua típica narração esticada de gol: “a bola vai para o fundo do goooooooool” - leia-se lentamente.
Um dos momentos icônicos do narrador, que hoje atua pela TV Record, se deu em 2013, durante um jogo da Ponte Preta contra o Corinthians, válido pelo Campeonato Brasileiro.
Na época, há pouco mais de 10 anos, a Ponte disputava a 1ª divisão do torneio e enfrentava o time da capital em casa.
Era 1º tempo de jogo quando o narrador decidiu ceder espaço para que os telespectadores ouvissem a torcida da ponte, que cantava fervorosamente nas arquibancadas do Moisés Lucarelii.
Ocorre que Cléber não esperava uma letra tão inusitada para uma paródia adaptada da música “Meu Sangue Ferve Por Você”, de Sidney Magal, e o final acabou sendo um tanto constrangedor (veja o vídeo abaixo).
O vídeo foi ressuscitado no X – antigo Twitter – na última semana, justamente por ter completado dez anos. Um usuário publicou: “Como tankar o sr Cléber Machado”.
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COMO TANKAR O SR CLÉBER MACHADO https://t.co/Aqs7GGA72m
Cléber diz, durante a transmissão: “eu fiz esse silêncio para ouvir a música que a torcida da Ponte está cantando. A torcida da ponte é uma torcida apaixonada, presente, e o Corinthians teve, através de sua torcida, algumas músicas, aliás, não só o Corinthians. O Internacional tem com música do Mamonas, o Corinthians com Tim Maia. Se eu não estiver enganado, a torcida da Ponte fez uma adaptação de uma canção do Sidney Magal, veja aí, ó”.
No exato momento em que o narrador silencia, a torcida cantaum trecho que diz “ei, galinha, vai tomar n* **, filha da p***”. A resposta do narrador foi: “pegou na parte menos poética”.