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RECOMENDAÇÃO
RECOMENDAÇÃO
MP recomenda que Campinas instale banheiros públicos à população de rua
MP recomenda que Campinas instale banheiros públicos à população de rua
O MPSP entende que a ausência dos banheiros públicos a essa parcela da população força “a situação pessoal degradante de realizar as necessidades fisiológicas em local inapropriado
O MPSP entende que a ausência dos banheiros públicos a essa parcela da população força “a situação pessoal degradante de realizar as necessidades fisiológicas em local inapropriado
Por Higor Goulart | 08/09/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para a Sampi Campinas
Por Higor Goulart
Especial para a Sampi Campinas
08/09/2023 - Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/PMC

O MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo) recomendou que a Prefeitura de Campinas instale banheiros à população de rua. O pedido foi feito no dia 28 de agosto pelo promotor Daniel Zulian.
A partir desta data, o promotor deu à Administração Municipal o prazo de 30 dias para mapear as áreas com maior concentração da população de rua durante a noite, em Campinas.
Os equipamentos devem “garantir a privacidade necessária, em locais estratégicos, atendendo à prévia identificação da maior demanda da população em situação de rua, que deve, obrigatoriamente, contemplar a região central da cidade”.
Ainda na recomendação, Zulian diz que os banheiros devem atendem, ao menos, o período noturno, especialmente das 22h às 7h, “em razão da ausência de funcionamento de outros banheiros de acesso público nesse período".
O promotor entende que a ausência dos banheiros públicos a essa parcela da população força “a situação pessoal degradante de realizar as necessidades fisiológicas em local inapropriado”. Algo que causa a degradação do espaço público e aumenta os riscos de contaminação e proliferação de doenças.
O não atendimento da recomendação poderá levar ao ajuizamento de ação civil pública pelo Ministério Público.
População em situação de rua
O último levantamento realizado pela Prefeitura de Campinas mostra que 932 pessoas estão morando nas ruas da cidade. A previsão é que um novo levantamento seja feito até o mês de dezembro pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.
A última contagem mostra que a zona Leste é disparadamente o principal destino com 50,72% da população de rua. No outro lado da balança, a região Noroeste comporta apenas 3,34%.
Grande parte deste público é formado por homens (81,5%). Mulheres representam 16,2%. Pessoas que se autodeclararam transgênero (homem ou mulher) são 1,4%. Outros gêneros 0,9%.
Em relação à faixa etária, a maioria destas pessoas tem entre 40 e 49 anos (31,4%). O segundo grupo é formado entre 30 e 39 anos (26,4%). Menores de idade e idosos representam 0,8% e 9,1%, respectivamente.
O que diz a Prefeitura de Campinas?
Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que "o pedido do Ministério Público está sendo avaliado no contexto de uma série de ações que a Prefeitura de Campinas está desenvolvendo na questão da população em situação de rua. O município vai discutir a oferta de banheiros públicos na semana que vem na reunião do Comitê Gestor Intersetorial de Acompanhamento e de Monitoramento do Plano Intersetorial de Atenção à População em Situação de Rua.
Atualmente, a Prefeitura mantém as seguintes políticas públicas para as pessoas em situação de rua no município:
- SOS Rua
- Operação Inverno
- Mão amiga
- Bagageiro Municipal
- Operação “Amigos no trecho”
- Distribuição de refeições
- Recâmbio
- Centros POP Sares unidade 1 e unidade 2
- Casas de passagem
- Abrigos (três abrigos masculinos, um feminino e um albergue municipal (Samim), atualmente situado na Vila Industrial).
- Consultório na rua
- Ações conjuntas SOS Rua - Consultório de rua
- Combate ao trabalho infantil
- Caminhos para o Futuro (reúne diversos serviços ao mesmo tempo em diferentes praças para promover a autonomia entre esses cidadãos)
- Casa da Gestante
- Na área da saúde, é ofertado atendimento integrado por meio do Consultório na Rua, Atenção Básica e Saúde Mental (Caps e Caps Álcool e Drogas).
O MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo) recomendou que a Prefeitura de Campinas instale banheiros à população de rua. O pedido foi feito no dia 28 de agosto pelo promotor Daniel Zulian.
A partir desta data, o promotor deu à Administração Municipal o prazo de 30 dias para mapear as áreas com maior concentração da população de rua durante a noite, em Campinas.
Os equipamentos devem “garantir a privacidade necessária, em locais estratégicos, atendendo à prévia identificação da maior demanda da população em situação de rua, que deve, obrigatoriamente, contemplar a região central da cidade”.
Ainda na recomendação, Zulian diz que os banheiros devem atendem, ao menos, o período noturno, especialmente das 22h às 7h, “em razão da ausência de funcionamento de outros banheiros de acesso público nesse período".
O promotor entende que a ausência dos banheiros públicos a essa parcela da população força “a situação pessoal degradante de realizar as necessidades fisiológicas em local inapropriado”. Algo que causa a degradação do espaço público e aumenta os riscos de contaminação e proliferação de doenças.
O não atendimento da recomendação poderá levar ao ajuizamento de ação civil pública pelo Ministério Público.
População em situação de rua
O último levantamento realizado pela Prefeitura de Campinas mostra que 932 pessoas estão morando nas ruas da cidade. A previsão é que um novo levantamento seja feito até o mês de dezembro pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.
A última contagem mostra que a zona Leste é disparadamente o principal destino com 50,72% da população de rua. No outro lado da balança, a região Noroeste comporta apenas 3,34%.
Grande parte deste público é formado por homens (81,5%). Mulheres representam 16,2%. Pessoas que se autodeclararam transgênero (homem ou mulher) são 1,4%. Outros gêneros 0,9%.
Em relação à faixa etária, a maioria destas pessoas tem entre 40 e 49 anos (31,4%). O segundo grupo é formado entre 30 e 39 anos (26,4%). Menores de idade e idosos representam 0,8% e 9,1%, respectivamente.
O que diz a Prefeitura de Campinas?
Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que "o pedido do Ministério Público está sendo avaliado no contexto de uma série de ações que a Prefeitura de Campinas está desenvolvendo na questão da população em situação de rua. O município vai discutir a oferta de banheiros públicos na semana que vem na reunião do Comitê Gestor Intersetorial de Acompanhamento e de Monitoramento do Plano Intersetorial de Atenção à População em Situação de Rua.
Atualmente, a Prefeitura mantém as seguintes políticas públicas para as pessoas em situação de rua no município:
- SOS Rua
- Operação Inverno
- Mão amiga
- Bagageiro Municipal
- Operação “Amigos no trecho”
- Distribuição de refeições
- Recâmbio
- Centros POP Sares unidade 1 e unidade 2
- Casas de passagem
- Abrigos (três abrigos masculinos, um feminino e um albergue municipal (Samim), atualmente situado na Vila Industrial).
- Consultório na rua
- Ações conjuntas SOS Rua - Consultório de rua
- Combate ao trabalho infantil
- Caminhos para o Futuro (reúne diversos serviços ao mesmo tempo em diferentes praças para promover a autonomia entre esses cidadãos)
- Casa da Gestante
- Na área da saúde, é ofertado atendimento integrado por meio do Consultório na Rua, Atenção Básica e Saúde Mental (Caps e Caps Álcool e Drogas).
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