O mês de fevereiro de 2023 na RMC (Região Metropolitana de Campinas) registrou 17,18% menos chuva do que a média histórica. As informações são do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

De acordo com o órgão estadual, a média esperada para o segundo mês do ano é de 192 mm (milímetros), e neste ano as estações do Cepagri registraram 159 mm. Apesar disso, ocorreram vários problemas na cidade, como queda de árvores, muros e alagamentos nos 28 dias.

O meteorologista do Cepagri, Bruno Bainy, explicou que os problemas foram causados por fortes tempestades e não necessariamente isso significa que a média histórica vai ser ultrapassada. "Houve dias de muito acumulado em poucas horas. Isso é sempre um problema, porque o solo úmido gera ocorrências como alagamentos, queda de árvores, muros e etc", disse.

Outro dado interessante está nos números de dias chuvosos. O Cepagri registrou chuva em 19 dos 28 dias de fevereiro. Esta quantidade não era registrada no segundo mês do ano desde 1995. "Neste caso, o que chama atenção é a disparidade entre regiões. Teve dias que um determinado local recebeu muita chuva e em outros ficou bem abaixo do esperado", disse.

Em comparação com o ano passado, 2023 também teve menos chuvas em fevereiro. Nos 28 dias de 2022, foram registrados 168,4 mm pelo Cepagri.

Campinas teve o mês de janeiro mais chuvoso dos últimos 16 anos. Segundo o Cepagri, foram 380,7 mm de água. O janeiro mais chuvoso da série histórica foi em 2007, com 489 mm para o mês.