A investigação sobre o desaparecimento de Dagmar Grimm Streger, idosa de 76 anos conhecida como “Dona Dagmar”, moradora de um imóvel rural no bairro Rio Verde, em Bauru, evoluiu para a apuração dos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver. A informação foi divulgada na noite desta sexta-feira (26) pela Polícia Civil.
O caso é conduzido pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), Departamento de Polícia Judiciária do Interior 4 (Deinter-4), com atuação conjunta da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e da 3ª Delegacia de Homicídios, após o registro de boletim de ocorrência (BO) de desaparecimento da idosa.
De acordo com as informações do inquérito elaboradas pelo delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Deic de Bauru, Alexandre Protopsaltis, Dagmar residia sozinha no sítio e, em outra casa da mesma propriedade, morava um casal de caseiros. Durante as diligências, os investigadores constataram que o veículo da vítima, um Fiat Strada, não se encontrava mais na propriedade e que o casal deixou o local de forma abrupta, abandonando a residência em condições de desordem e aparente abandono, o que reforçou a linha investigativa.
No decorrer da apuração, a Polícia Civil identificou que o automóvel da vítima estaria na cidade de Tatuí (SP). O veículo foi localizado no dia 22 de dezembro, após ter sido trocado por uma caminhonete S10. Posteriormente, os investigados retornaram a Bauru e realizaram nova negociação, trocando o veículo por um GM Astra.
Diante dos elementos reunidos, a Polícia Civil representou pela prisão temporária do casal, pelo prazo de 30 dias, com difusão do mandado de prisão às forças policiais. Na noite do dia 24 de dezembro, a dupla foi capturada por policiais militares e civis em Salto do Itararé (PR), no momento em que, segundo a investigação, tentavam trocar o GM Astra por um Kadett.
Na manhã desta sexta-feira (26), uma equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE) realizou o recambiamento dos presos para Bauru, onde foram apresentados na sede da Deic para a realização dos interrogatórios. Em entrevistas informais preliminares, os investigados admitiram parcialmente a prática criminosa. Depois, no interrogatório formal, optaram pelo silêncio.
Paralelamente, com base nas informações colhidas, foram realizadas buscas com apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para a localização do corpo da vítima, diante da suspeita de ocultação de cadáver. Até o momento, as buscas não tiveram êxito.
Uma amiga de Dogmar relatou à reportagem que a idosa não tinha família em Bauru e colegas já suspeitam de um possível sequestro. “Ela reclamava do casal, que vivia apertando ela para tirar dinheiro e eram supostamente envolvidos com drogas”, afirma.
A Polícia Civil informou que as investigações prosseguem para o esclarecimento completo dos fatos, incluindo a dinâmica do crime e a eventual responsabilização de outros envolvidos.
Dagmar mede cerca de 1,72 metro de altura, tem pele e cabelos brancos e olhos verdes. Informações que possam contribuir com as investigações devem ser repassadas à Polícia Civil pelo 190 (Deic Bauru).