Proprietários de imóveis estão sendo alertados sobre a necessidade de regularizar a ligação de suas casas e comércios à rede de esgoto. Um levantamento da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) aponta que 345 imóveis na região administrativa de Franca possuem a rede coletora disponível na porta, mas ainda não realizaram a conexão interna necessária.
Para esses casos, a companhia passou a aplicar a chamada "tarifa de disponibilidade". A medida, prevista em lei, cobra um valor mensal dos proprietários que não se conectam, funcionando como um mecanismo para incentivar a adesão e estancar o despejo irregular de esgoto no meio ambiente.
Na cidade de Franca, maior município da região, o número de imóveis em situação irregular chega a 165. São casas, comércios ou indústrias que, mesmo com a tubulação da Sabesp passando na rua, continuam descartando resíduos de forma inadequada.
Confira o balanço de imóveis que precisam se regularizar nas cidades vizinhas:
Quem não regularizar a situação continuará recebendo a cobrança na conta, equivalente à tarifa mínima da categoria:
A cobrança não se aplica a famílias de baixa renda cadastradas na tarifa social ou vulnerável, nem a moradias em áreas informais. Para esse público, a Sabesp oferece subsídios e apoio técnico para a realização das obras internas.
Muitas vezes, a falta de conexão ocorre por desconhecimento — como em casos de herança ou imóveis recém-adquiridos. Para resolver, o proprietário deve:
A primeira ligação de esgoto para residências é feita de forma gratuita pela companhia. "Enquanto o proprietário não faz a ligação, ele continua poluindo um córrego ao lado da casa dele", alerta Eliana Ramos Ruffo, diretora de Experiência do Cliente da Sabesp.
A estimativa é que o volume de esgoto lançado irregularmente pelos imóveis não conectados em toda a área de atuação da empresa equivalha a 2.000 piscinas olímpicas de sujeira despejadas na natureza todos os meses.