05 de dezembro de 2025
OPINIÃO

Administrar é fácil?

Por Roberto "general" Macedo | o autor é colaborador de Opinião
| Tempo de leitura: 3 min

Bauruenses parecem ter nascidos diferenciados no quesito "reclamão", entraram suas vezes na fila para receber essa "qualidade".  Nunca vi tanta "choradeira" reclamações e "mimimi" quando se trata de como a cidade é ou foi administrada. Como usuário habitual do Facebook, diariamente vejo centenas de publicações sobre isso, muitas criticando e outras tantas elogiando o Executivo e o Legislativo local.

Prefeitos e Vereadores  pouco fazem? Sim, mas também podem ter feito muitas coisas boas, basta olharmos com os dois olhos abertos e não somente com um deles, "aquele" do olhar crítico feroz. Muitos Prefeitos anteriores, Franciscato, Sbeghen, Coube, Tidei, Tuga, Gazzeta e Rodrigo mais recentemente, assim como a atual Prefeita, são lembrados por muitos como gestores exemplares, mas para quem tem boa memória, conviveram e ainda convivem co m críticas. Câmara Municipal também é alvo de reclamações, só que Vereadores são sempre reconduzidos a novos mandatos, nem quero entender o motivo.

Um dos motivos é por estarem sempre DO LADO e não AO LADO do Executivo, mas isso é utopia, afinal, são políticos. Administrar uma cidade não deve ser fácil, muitos me corrigirão dizendo que "se não tem competência não se candidate". Nem me passa na cabeça imaginar que algum postulante ao Palácio das Cerejeiras entre em campanha querendo  o mal para a cidade ou apenas que o cargo sirva de trampolim para projetos políticos futuros. Todos tem boas intenções, pretensão política até vejo como natural. Nunca "condenei" nenhum Prefeito por fazer pouco, sempre fui crítico daqueles que nas campanhas, mesmo sabendo das dificuldades financeiras, prometem mundos e fundos e quando assumem tudo muda. As promessas são esquecidas e aparece o demagógico e  tradicional" discurso, "faltam recursos". Dinheiro sempre vai faltar, a cidade e sua população crescem diáriamente, exemplificando, se você constrói um conjunto habitacional na periferia muitos outros custos surgem no meio do caminho, necessidade de acesso fácil, luz, água e esgoto, uma escola ou unidade de saúde e contratação de pessoal, nada vem sozinho e custa dinheiro. Mas se o Prefeito não constrói... chumbo nele (não literalmente).

Na manutenção corriqueira da cidade, inclui 51% de despesas de pessoal,  os gastos são enormes em condições normais, imaginem em situações de catástrofes,  pandemias ou crises financeiras nacionais e internacionais, tudo interfere. Outras cr&iac ute;ticas são com os gastos públicos em lazer, "se falta dinheiro porquê gastar nisso?". A resposta é simples, lazer e diversão, assim como Cultura e Esporte fazem parte da cidade, são necessários a saúde mental dos cidadãos.

É minha gente, como podem ver a coisa não é fácil. Como usualmente faço, após o resultado final na eleição, não cumprimento o eleito, simplesmente desejo sorte e que Deus lhe dê discernimento para saber como administrar com poucos recursos e tantos problemas da cidade. Se por acaso acharem que administrar uma cidade é fácil, se candidatem ao cargo, eu não acho fácil e não quero, se entendem que o atual Prefeito nada fez, não vote para sua reeleição, na democracia, ganha quem tem maioria dos votos, motivo de ser eleito e deve ser respeitado. Sempre digo, "Ninguem cute;m é obrigado a prometer algo, mas se prometeu tem que cumprir", se promete sabendo ser impossível é "estelionato eleitoral" e crime contra toda uma cidade.

Que me desculpem os críticos e como dizia um amigo, "Os trouxas diminuem mas nunca acabam". Cada um acredita no que quer e  vota em quem quiser, só peço que mais a frente não venham com "cara de maria arrependida" criticar dizendo  que não foram avisados e votaram errado, hoje a informação é fácil de ser conseguida, basta querer e saber procurar. E vocês eleitores e leitores do JC? Ainda acham ser fácil administrar e querem se candidatar?  Para reflexão: "Errar é humano, persistir no erro é burrice".