05 de dezembro de 2025
BEM-ESTAR

Um aliado da batida perfeita do coração

da Redação
| Tempo de leitura: 2 min

Uma nova pesquisa descobriu um efeito positivo do café para o coração. Realizado pela Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, e pela Universidade de Adelaide, na Austrália, o estudo revela que o consumo de uma xícara da bebida por dia pode reduzir a fibrilação atrial (um tipo de arritmia cardíaca) em 39%.

O estudo recrutou 200 pacientes consumidores de café com fibrilação atrial persistente ou uma condição relacionada chamada flutter atrial, juntamente com histórico de fibrilação atrial.

Eles foram submetidos à aplicação de um único choque elétrico (cardioversão elétrica) para restaurar o ritmo cardíaco normal.

Depois, os participantes da pesquisa foram aleatoriamente designados para consumir pelo menos uma xícara de café com cafeína por dia ou para se abster de tomar café e outros produtos que contenham cafeína durante seis meses.

Ao final do período, os pesquisadores observaram que o grupo que manteve o consumo de café apresentou uma incidência menor de episódios irregulares de batimentos cardíacos, cerca de 17% a menos em comparação com aqueles que evitaram a cafeína.

Liderado pelo médico cardiologista e professor especialista em pesquisa de fibrilação atrial Gregory Marcus, o estudo afirma que o consumo do café e de ingredientes dele pode ter propriedades anti-inflamatórias, que diminuem o risco de complicações cardíacas.

"O café aumenta a atividade física, que comprovadamente reduz a fibrilação atrial. A cafeína também é diurética, o que pode potencialmente reduzir a pressão arterial e, consequentemente, diminuir o risco de fibrilação atrial. Vários outros ingredientes do café também possuem propriedades anti-inflamatórias que podem ter efeitos positivos", explica o médico no comunicado.

Dormir pouco: efeito parecido com o de beber cerveja

Dormir apenas quatro horas por noite pode provocar um efeito no corpo semelhante ao causado pelo consumo de bebida alcoólica. Ao jornal colombiano El Tiempo, a psicóloga especializada em distúrbios do sono Nuria Roure alertou que quem fica acordado por mais de 20 horas tem um nível de atenção e concentração parecido com o de uma pessoa que bebeu cerca de seis cervejas.

Autora do livro "Finalmente estou dormindo", Nuria destacou que o sono "deveria receber a mesma importância ou até mais que o exercício físico, a nutrição ou o equilíbrio emocional".

A deficiência cognitiva causada pela falta de sono não só resulta em redução do tempo de reação ou dificuldade em tomar decisões, como também aumenta significativamente o risco de acidentes de trânsito ou no trabalho. A falta de sono afeta ainda a concentração e a memória. Durante o sono profundo, o cérebro consolida memórias, regula as emoções, restaura funções corporais essenciais e realiza processos de "limpeza" do sistema glinfático.

Se a privação de sono persistir, os riscos para a saúde se multiplicam. Está associada a uma maior incidência de hipertensão, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. Dormir pouco ainda enfraquece o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a doenças.