Uma mulher de 63 anos foi encontrada morta com sinais de violência dentro de casa, em Criciúma (SC), neste domingo (9).
Vítima apresentava lesões no corpo, de épocas diferentes, indicando que já sofria agressões. O Samu foi acionado para socorrer a idosa, identificada como Lucila Borges, mas ela já estava morta. O caso ocorreu no bairro Vila Zuleima.
O marido dela, de 69 anos, foi preso suspeito de feminicídio. Em depoimento à polícia, ele alegou que a mulher teria caído. Ele já tem passagens policiais por violência doméstica, perturbação e desobediência.
O irmão da vítima e dois vizinhos também foram ouvidos na delegacia. Os moradores contaram que já tinham observado outras brigas do casal e o irmão informou que o investigado proibia a vítima de ter contato com a família.
O suspeito passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (10) e teve a prisão preventiva decretada. A reportagem tentou contato com a defesa do suspeito, mas o processo tramita em segredo de justiça e o Tribunal de Justiça do estado afirmou que não pode repassar maiores informações. O espaço segue aberto para manifestação.
A Polícia Civil de Santa Catarina está investigando as causas da morte da vítima. O inquérito foi instaurado e, segundo a polícia, são aguardados os resultados dos laudos da Polícia Científica para confirmar as causas da morte da vítima. O caso é investigado como feminicídio.
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 - Central de Atendimento à Mulher - e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e através da página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.