A má gestão da coisa pública tem número: as estatais brasileiras saíram de um lucro de R$ 6,1 bilhões em 2022, último ano do governo anterior, para um prejuízo acumulado até agosto deste ano, último dado disponível, de R$ 8,3 bilhões.
Desde que o governo Lula assumiu o comando do país as estatais tiveram os seguintes desempenhos: 2023, prejuízo de R$ 2,2 bilhões; 2024 prejuízo de R$ 8,07 bilhões e em 8 meses deste ano, como colocado acima, prejuízo de R$ 8,3 bilhões. Neste recorte, o governo Lula acumulou prejuízo de R$ 18,57 bilhões.
As justificativas para esse péssimo desempenho são de toda ordem: nos Correios, por exemplo, é que caiu a demanda postal, concorrência do e-commerce, falta de modernização e por aí afora. Lembrando que a empresa estava preparada para ser privatizada quando apresentava lucro, e agora pleiteia R$ 20 bilhões de empréstimo bancário com aval do Tesouro, ou seja, deixou de vender e colocar dinheiro em caixa e agora quer que o pagador de impostos garanta uma dívida nesta magnitude.
Outras justificativas das demais estatais, entre elas a Infraero, Embrapa, CBTU: necessidade de financiamento, pagamento de dividendos, entre outros.
Na prática as estatais foram loteadas com indicações políticas, pessoas de competência duvidosa, além disso, para evitar “impopularidade” deixaram de cortar gastos quando observaram queda na lucratividade o que agravou o quadro fiscal.
Há quem fale em desvios, portanto, corrupção, inclusive a oposição ao atual governo sugere abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o que levou as estatais a essa mudança de rumo.
Quando o cidadão vota, nem sempre ele tem a dimensão do estrago que um governante pode causar nas contas públicas, quando a má gestão se instala. O pior é constatar que, em vez de admitir o erro, e mudar a tendência, o que se vê, é o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “passando o chapéu” para aumentar a arrecadação, ou seja, aumento da carga tributária, enquanto a solução está em sua barba. E não precisa inventar nada, é somente avaliar o que era feito nas gestões quando a realidade era de lucro e reproduzir o modelo.
Fica a constatação do quanto custa uma má gestão: entre outros custos para sociedade de outras decisões equivocadas do atual governo, o das estatais o custo está mensurado: R$ 18,57 bilhões.