13 de dezembro de 2025
TURISMO

Ilha do Combu

da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
Márcio Ferreira/Divulgação Rota Combu
Ilha do Combu faz parte da área insular de Belém, representando 65% do território da capital paraense

Com o crescente interesse de turistas pelo estado do Pará, por causa da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) na capital Belém em novembro, empresários da floresta criaram um roteiro pela Ilha do Combu.

Na Ilha do Combu, em Belém, você pode saborear o tradicional chocolate artesanal da Dona Nena, explorar a natureza amazônica com banho de rio, visitar os restaurantes à beira d'água e conhecer o processo de produção do açaí. Para chegar, pegue um barco no Terminal Hidroviário Ruy Barata, na Praça Princesa Isabel.

Segundo o coordenador do Comitê de Turismo Sustentável da Ilha do Combu, Mário Carvalho, a rota foi criada com o objetivo de aumentar a permanência do turismo já existente na região, mas que tem uma tendência de duração de algumas horas.

"O produto Rota Combu será oferecido com duração de dois dias e uma noite, ou três dias e duas noites, onde o visitante vai viver um conjunto de experiências, acompanhado por guia de turismo em uma embarcação que vai conduzi-lo a todos os lugares", explica.

Além de dormir na ilha e vivenciar a rotina da população ribeirinha, como a revoada de pássaros ao amanhecer e refeições regionais como o açaí fresco consumido com peixe frito, os visitantes poderão conhecer o manejo sustentável de produtos como o cacau, o açaí e a andiroba, cultivados de forma ancestral no território.

O roteiro foi criado pelos próprios empresários de 14 cadeias produtivas da Ilha do Combu, com a ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Pará).

"Uma rede que foi sendo construída a partir de exemplos que já existiam e houve também uma capacitação para que aqueles que estavam em fase ainda de amadurecimento pudessem preencher os requisitos para estar dentro dessa rota", lembra Mário Carvalho.

Turismo sustentável é a saída

Segundo o diretor-superintendente do Sebrae Pará, após o processo construtivo da rota, chegou-se a uma experiência autêntica da Amazônia, onde comunidades tradicionais transformam saberes ancestrais em práticas sustentáveis e em empreendimentos inovadores.

"A Amazônia tem grande potencial turístico voltado para a bioeconomia. Nossas ilhas possuem diversos empreendimentos que valorizam a cultura local e a nossa ancestralidade, além de oferecer ao turista uma experiência única", reforça.

De acordo com Carvalho, além de consolidar a Ilha do Combu como destino para diferentes públicos, alcançando também o mercado internacional e de luxo, a criação de uma rota que inclui a experiência completa também fortalece as diferentes cadeias produtivas, permitindo que os benefícios promovam o desenvolvimento local.

"O turismo é fundamental para encurtar essas cadeias e fazer com que o consumidor não tenha que passar por diferentes elos, que tornaria o produto menos competitivo. A margem que o produtor ia ganhar, com certeza, seria muito menor sem turismo. Então, o turismo acaba sendo uma solução em termos de mercado", destaca.

A rota é ofertada por uma empresa de turismo da Ilha do Combu, pela Internet, na página de divulgação da Rota Combu. Durante o processo de construção do destino, o projeto foi certificado pela organização holandesa Green Destinations, de boas práticas em responsabilidade e sustentabilidade.

"A rota conseguiu a medalha de prata nessa certificação. Então, ela já nasce como um destino certificado, que reúne esse conjunto de práticas verdes reunidas a partir do Comitê de Turismo Sustentável da Ilha do Combu", conclui Mário Carvalho.

Território insular

A Ilha do Combu integra o território insular da capital paraense Belém e fica a 15 minutos da área continental, por meio de embarcação. Trata-se de um paraíso amazônico com mata nativa e um estilo de vida ribeirinho único. Além de ser uma Área de Preservação Ambiental (APA), com ecossistemas preservados, e produção agroflorestal que abastece a região, o local também reúne restaurantes que oferecem o que há de melhor da culinária típica da Região Norte.

O que fazer e como chegar

Saborear chocolate artesanal: Visite a Casa da Dona Nena para provar doces e o chocolate 100% cacau nativo da região.

Passeios de barco: Explore os canais (furos) da ilha e a vida ribeirinha. Alguns restaurantes oferecem esses passeios gratuitamente.

Degustar açaí: Conheça a produção do açaí e prove o fruto tradicional da Amazônia.

Curtir a gastronomia local: Desfrute dos restaurantes à beira do rio, experimentando pratos com peixe frito e outras delícias amazônicas.

Banho de rio: A ilha oferece espaços para banho de rio, proporcionando um contato mais próximo com a natureza.

Conhecer a cultura local: A ilha abriga cerca de 200 famílias ribeirinhas e oferece experiências como a visita a projetos de artesanato e casas grafitadas.

Para chegar, dirija-se ao Terminal Hidroviário Ruy Barata, localizado na Praça Princesa Isabel, para pegar as lanchas que fazem a travessia. A viagem dura aproximadamente 15 minutos e as passagens podem ser compradas no local.