Confesso que a minha incipiência e também minha insipiência não me permitem saber muito da tal IA, Inteligência Artificial!
Sou do tempo que “ia” era somente uma forma verbal do Pretérito Imperfeito do Indicativo, continuo “jurássico” e não adiro a essas tecnologias que são bem-vindas, mas não são únicas!
Nada substitui a leitura e a escrita própria do indivíduo, algo que, com o tempo, torna-se natural e nunca artificial! Desculpem-me, mas continuo preferindo os livros!
O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis afirma que “a Inteligência Artificial (IA) não é inteligente nem artificial”. Ele defende que a inteligência é uma propriedade biológica emergente de organismos vivos, resultado de bilhões de anos de evolução e seleção natural, algo que não pode ser reproduzido por máquinas digitais, que operam em lógica binária. Nicolelis também critica o uso do termo “IA” como uma estratégia de marketing, alerta para os riscos da delegação de funções cognitivas aos sistemas digitais, que podem levar à atrofia cerebral, e denuncia a exploração da mão de obra humana no treinamento desses modelos. “Estamos criando milhões de zumbis digitais”, diz o cientista brasileiro.
Concordo em gênero, número e grau! As escolas devem inspirar os alunos a aspirar à inteligência natural! Deve-se haver um pretexto para o melhor texto dentro de um contexto!
Minhas professoras de “Primário” fizeram-me ler e em voz alta perante a classe. Tal desafio eliminou muitos dos meus medos e timidezes! Muito obrigado, Dona Jacy, Dona Leontina, Dona Tomiko, Dona Inês. Muito obrigado, Grupo Escolar João Maringoni e Colégio Estadual Moraes Pacheco, pela inteligência natural! Quando aprendi a escrever, escrevia até no espaço. Creio que me achavam louco, com o indicador apontado ao nada tentando escrever tudo. Como é demais saber ler e escrever!
Tempos depois, tive mestres que me ensinaram ainda mais a leitura e a escrita: Luiz Vitor Martinello, Élida Farias, Adenil Alfeu, Sérgio Lhamas, Sandra Meira. Sou privilegiado com tanta inteligência natural!
Graças a vários empresários bauruenses, consigo distribuir livros em escolas, creches e pontos de ônibus! Agradeço a todos!
Sonho com um dia em que os livros estarão por toda parte e, quiçá, as pessoas, naturalmente de mente natural, serão mais inteligentes!
Se você IA, não vá. Se você ia, vá! Soltemos os livros de suas casas e façamos um novo mundo com a inteligência — o que é natural!