Moradores do Jardim Terra Branca e de bairros vizinhos protestaram na manhã deste domingo (5), em Bauru, contra a falta de água nas torneiras. O grupo se reuniu na Praça Kasato Maru e seguiu em caminhada até a Avenida Comendador José da Silva Martha, onde bloqueou o trânsito por alguns minutos para cobrar medidas efetivas na resolução da crise hídrica.
O bloqueio ocorreu na quadra 21 da avenida, mas durou poucos minutos porque os manifestantes liberaram a passagem dos veículos. Durante o protesto, os moradores exibiam cartazes, pediam solução imediata para o desabastecimento e criticavam a prefeitura por não ter cumprido promessas feitas à região.
Os organizadores afirmam que a mobilização foi motivada pelos dias seguidos sem água em várias casas da região. Eles também se revoltaram com a prefeita Suéllen Rosim (PSD) por ter descumprido promessas de campanha e com o Departamento de Água e Esgoto (DAE) por desrespeitar o rodízio anunciado.
Cássio Silva, uma das lideranças do movimento, disse que o bairro enfrenta a seca há mais de uma semana.
“A prefeita prometeu resolver o problema em 2020 e repetiu a promessa em 2024. Nada foi feito. Estou há dez dias sem água em casa. Pedi caminhão-pipa há oito dias e ainda não fui atendido”, afirmou.
Situação semelhante foi relatada por Romilda Pereira, moradora do Jardim Terra Branca. “Na campanha, a prefeita se reuniu com a gente e pediu paciência. Disse que resolveria o problema. "Em 2024, fiquei 33 dias sem água. Agora, tudo continua igual”, contou.
Ela acrescentou que a rotina no bairro se tornou insustentável. “Sem água, não dá para viver. A gente espera todo dia e nada. Tenho de lavar roupa na lavanderia, comprar água e tomar banho na casa de parentes de outros bairros. Isso se repete há anos”, disse.
Os manifestantes permaneceram na avenida até por volta das 10 horas. Os vereadores Júnior Lokadora (Podemos) e Eduardo Borgo (Novo) estiveram no local para prestar solidariedade e parabenizar os moradores pela mobilização.
Ao fim da manifestação, os participantes prometeram realizar novas mobilizações.
A reportagem procurou o DAE e a Prefeitura de Bauru para se pronunciar sobre o protesto, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.