O Banco Central divulgou o IBC-Br, que é considerado uma prévia do PIB brasileiro, em agosto o índice registrou queda de 0,50% em relação a julho, na série com ajuste sazonal. Esse foi o terceiro mês consecutivo de retração. No acumulado do trimestre encerrado em agosto, houve queda de 1%. Em relação a agosto de 2024, houve alta de 1,1%. No acumulado de 12 meses, a alta é de 3,5%, e no ano, 2,9%. É mais um indicador que demonstra a desaceleração da economia. Preocupante.
Taxa de desemprego em queda
O IBGE os dados mais recentes da PNAD Contínua sobre o mercado de trabalho e a taxa de desemprego ficou em 5,6% no trimestre móvel encerrado em julho de 2025 - menor nível da série histórica.
Detalhes do mercado de trabalho
A população desocupada é de 6,1 milhões de pessoas, menor contingente desde 2013. Queda de 14,2% frente ao trimestre anterior (menos 1 milhão) e 16% em relação a 2024 (menos 1,2 milhão). Já a população ocupada é de 102,4 milhões de pessoas (recorde histórico). O nível de ocupação: 58,8% da população em idade ativa. A força de trabalho é de 108,6 milhões de pessoas (ocupados desocupados), e ficou estável frente ao trimestre anterior, mas 1,1% ante 2024. A população fora da força de trabalho é de 65,6 milhões, estável nas comparações. Os empregos formais é de 39,1 milhões com carteira assinada (novo recorde).
Análise por setor
Os setores que mais contrataram: administração pública, saúde, educação e serviços sociais: 522 mil. Serviços ligados a informação, comunicação, finanças e administração: 260 mil. Agropecuária: 206 mil. Na comparação anual, destaque também para indústria ( 580 mil), comércio ( 398 mil) e transporte ( 360 mil). Rendimento médio real: R$ 3.484, alta de 1,3% frente ao trimestre anterior e 3,3% em relação a 20242.
A economia desacelera e cai a taxa de desemprego,
como assim?
A informalidade explica em parte esse "paradoxo", ou seja, a economia desacelera, mas a taxa de desemprego caiu. Muitos trabalhadores quando pesquisas afirmam que não estão procurando um emprego, portanto, não são considerados na população economicamente ativa. Essa "omissão" distorce as estatísticas. Cresce a informalidade e faltam pessoas dispostas a trabalharem com carteira assinada. Estatística sem análise é traço.
Juros caem nos Estados Unidos
O Federal Reserve cortou as taxas de juros em 0,25 ponto percentual e indicou que reduzirá gradualmente os custos dos empréstimos pelo resto do ano, à medida que as autoridades monetárias responderam às preocupações com a fraqueza do mercado de trabalho, em uma medida que conquistou o apoio da maioria dos indicados pelo presidente Donald Trump para o Banco Central. Apenas o novo diretor Stephen Miran, que ingressou no Fed na terça-feira (16) e está afastado do cargo de chefe do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, discordou em favor de um corte de meio ponto percentual. O corte, a primeira medida do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que define a política monetária, desde dezembro, leva a taxa básica de juros para a faixa de 4,00% a 4,25%. "O Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato duplo e avalia que os riscos de queda para o emprego aumentaram", afirmou o Fed em seu comunicado de política monetária. "A criação de empregos desacelerou e a taxa de desemprego subiu ligeiramente."
Juros são mantidos no Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter taxa básica de juros da economia, a Selic, estável em 15% ao ano. A decisão pela manutenção da taxa foi unânime. Esse é o maior patamar em quase 20 anos - em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Selic estava em 15,25% ao ano. O Copom justificou a decisão alegando instabilidades no ambiente externo e a inflação ainda acima da meta no Brasil. "Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue apresentando, conforme esperado, certa moderação no crescimento, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação", afirmou.
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