Li a carta do missivista Roberto Valin (Tribuna de 6/7/8 de setembro) e solicito permissão de fazer algumas perguntas já que não encontrei (li várias vezes), respostas às colocações do missivista.
"O STF está descolado da realidade internacional". A qual realidade internacional o senhor se manifesta? Sobre ser dominado pela lei do vizinho? O senhor gostaria de ter a sua casa governada pelas leis do seu vizinho?
"Censuras, detenções arbitrárias" etc etc... Qual a gravidade do momento? O senhor poderia ser mais claro? Jogar ao vento que estamos vivendo uma gravidade é um tanto amplo demais. Até agora não sentimos perdas significativas de nada. Tivemos até superávit na balança comercial.
Entenda, senhor, estamos buscando um novo rumo para nossas transações comerciais e isso incomoda quem tinha o nosso país e ainda o tem como quintal. Qual é a ambiguidade, senhor? "Abuso de autoridade". Gostaria de ver o povo na rua e não na mão do STF. O povo fazendo justiça, isso para o senhor deve ser o melhor.
"O cerco cresce..." A Europa já regulamentou as empresas de big data dos americanos do norte e eles não fizeram nenhum estardalhaço por isso. Nós, do quintal abaixo, do sul, temos que suportar o seu mau humor por estarmos defendendo o nosso povo dos efeitos malignos da internet.
"É hora de alinhar posturas..." Não temos que nos alinhar a qualquer coisa que nos fazem mal. Temos duzentos anos de relação comercial com os americanos do norte, e isso só representa 20 e poucos bilhões de dólares ao ano de venda a eles. Enquanto nossa relação comercial com a China tem 40 anos e já vendemos para ela mais de 100 bilhões de dólares. Acho que isso quer dizer alguma coisa.
O Brasil precisa sim de orgulho, não somos quintal de uma potência agressora. Somos brasileiros e temos que demonstrar que estamos atentos aos atuais acontecimentos. Não podemos ficar quietos. Está nessa Câmara Federal o pior dos piores e a anistia está no ar, porém, anistiar nunca foi a melhor saída política para este País.
Sempre voltaram causando instabilidades e golpes. Agora temos que mostrar que há justiça e vamos fazê-la contra os baderneiros e os chefes de plantão que acharam que poderia distorcer a nossa Democracia.
Fica aqui mais uma pergunta: qual é a negação? "Ser cúmplice da farsa..." Deve ser a farsa de 1964, ela não deve ter existido para muitos e assim a gente deve seguir esse caminho, pois esses tantos assim desejaram e vão pagar por isso. "O mundo está de olho..." Realmente está. Demoramos muito para ver que ele agora tem múltiplas faces e temos que seguir com quem quer seguir com a gente.