Um medo muito comum em homens é a calvície - como ela tem uma base genética forte, pode aparecer mais cedo do que a gente imagina, por volta dos 20 e poucos anos.
Nessa fase, é comum confundir calvície com queda de cabelo. Por isso, a ajuda médica é essencial para entender a fundo o problema e começar um tratamento eficiente.
Na coluna de hoje, eu falo mais desse assunto!
Quais são os sinais da queda de cabelo em homens jovens?
A queda de cabelo em homens jovens pode se manifestar de formas sutis no início, mas há alguns sinais importantes a se observar.
Um dos primeiros indícios é o aumento de fios no travesseiro, ralo do banheiro ou ao pentear o cabelo. Também é comum notar afinamento dos fios, especialmente na região das entradas (testa) e no topo da cabeça (coroa), o que pode indicar o início da calvície androgenética, forma hereditária mais comum de calvície.
Além disso, é importante diferenciar a queda de cabelo ocasional, que pode ser provocada por estresse, má alimentação, uso de medicamentos ou doenças, da calvície.
A calvície envolve a miniaturização progressiva dos fios e uma diminuição definitiva da densidade capilar, enquanto a queda comum tende a ser temporária e reversível. Se a queda persistir por mais de três meses ou houver histórico familiar, o primeiro passo é procurar um dermatologista para diagnóstico e tratamento precoce.
Evite tomar ou aplicar medicamentos e soluções por conta própria - afinal, o mais eficiente é entender os motivos da queda de cabelo, para, então, iniciar o tratamento.
Quais são as possibilidades de tratamento? Em relação ao tratamento, preciso separar por tipo de condição.
1) Quando a queda de cabelo é ocasional
Ela é desencadeada por fatores como estresse, mudanças hormonais, má alimentação, doenças ou uso de medicamentos e tende a ser temporária e reversível.
O tratamento geralmente envolve a correção da causa: melhora da alimentação, controle do estresse, suplementação com vitaminas e minerais (como ferro, zinco, biotina e vitamina D) e uso de tônicos capilares com ativos estimulantes. Em alguns casos, o dermatologista pode indicar shampoos específicos ou loções tópicas com ingredientes como cafeína ou pantenol, que ajudam a fortalecer os fios e reduzir a queda.
2) Quando se trata de alopecia androgenética
Já a alopecia androgenética, conhecida como calvície hereditária, exige uma abordagem mais contínua e personalizada, pois é uma condição progressiva.
Os tratamentos mais utilizados incluem o uso tópico de minoxidil, que estimula a circulação no couro cabeludo e prolonga a fase de crescimento dos fios, e o uso oral de finasterida, que age bloqueando a ação do hormônio DHT (principal responsável pela miniaturização dos fios).
Novas abordagens também têm ganhado espaço, como o microagulhamento e a intradermoterapia, que consiste em aplicar medicamentos por vias mais profundas da pele, assim como a terapia com laser de baixa intensidade.
Quando o transplante capilar é uma opção?
O transplante capilar pode ser uma opção para homens jovens, mas a decisão deve vir de um dermatologista especializado. Em geral, o procedimento é indicado quando a alopecia androgenética está mais avançada e existem áreas calvas bem definidas. Além disso, é indicada se o paciente não teve bons resultados com tratamentos clínicos (como minoxidil e finasterida).
No entanto, é essencial que a queda de cabelo esteja estabilizada antes do transplante - ou seja, que o padrão de calvície já esteja mais previsível. Isso evita que novas áreas fiquem calvas no futuro, comprometendo o resultado estético do procedimento.
Por isso, mesmo em homens jovens, a partir dos 25 anos, o transplante só é indicado após uma avaliação criteriosa, que leve em conta a idade, histórico familiar, grau de perda capilar e expectativas realistas. Além disso, mesmo após o transplante, o acompanhamento contínuo e o uso de tratamentos para manutenção dos fios restantes continuam sendo fundamentais.
Sofrer com queda de cabelo ou calvície não precisa ser uma opção, desde que você busque ajuda médica especializada!